Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Jacques, Elidecir Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/29885
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Resumo: |
Resumo: As evidências empíricas indicam uma relação forte entre desenvolvimento financeiro e crescimento econômico, sendo que a maioria dos trabalhos demonstra que esta relação é direta, ou seja, que o desenvolvimento financeiro se constitui em uma alavanca para o crescimento econômico. Nesse sentido, o crédito aparece como uma das principais variáveis a ser considerada, sendo natural pensar no crédito fornecido pelos bancos. Entretanto, num país de grandes dimensões como o Brasil, ainda existem municípios desprovidos de agências bancárias e, portanto, sem acesso ao crédito bancário. As cooperativas de crédito aparecem como instituições alternativas no fornecimento de crédito, com características distintas dos bancos, por sua importância para o desenvolvimento local. Isso porque as cooperativas assumem os riscos de suas aplicações em prol da comunidade em que se localizam, promovendo o desenvolvimento local através da formação de poupança e do microcrédito direcionado a iniciativas empresariais locais. Este trabalho mensura o impacto das cooperativas de crédito nos municípios brasileiros usando dois métodos distintos de avaliação de tratamento: o propensity score matching (PSM), para avaliar o impacto da existência de cooperativas sobre o PIB per capita e o propensity score generalizado (GPS), para identificar uma função de dose-resposta do impacto do crédito de cooperativas sobre o PIB per capita. Este último método foi usado como forma de amenizar as relações espaciais existentes ao se considerar apenas a presença ou ausência das cooperativas. Os métodos de avaliação de tratamento foram preferidos a regressões por MQO por considerarem características observáveis que afetam a probabilidade de existência de cooperativas nos municípios, por estimarem o efeito e não a correlação entre as variáveis de interesse, por utilizar formas funcionais mínimas e por sua validade não se basear em suposições fortes. A análise por PSM indicou impactos médios do crédito de cooperativas sobre o PIB per capita que variaram de R$ 672 a R$ 3.171, usando quatro métodos distintos de pareamento para amostras de 2.395 (vizinhos mais próximos), 1.814 (raio), 1.415 (estratificação) e 1.588 municípios (kernel), com coeficientes significativos a 5% e 10% para o pareamento por raio e kernel, respectivamente. Uma regressão ponderada pelos propensity scores utilizando uma função de produção clássica mostrou evidências de que o PIB per capita dos municípios com cooperativas é cerca de 14% maior que o dos municípios sem cooperativas, ceteris paribus. A função dose-resposta utilizando o GPS para uma amostra de 1.234 observações, por outro lado, mostrou evidências de que os níveis de crédito de cooperativas estão relacionados com maiores níveis de PIB per capita, com um crescimento não linear à medida que esse nível aumenta. Parece haver, portanto, um impacto positivo da presença de cooperativas de crédito sobre o nível de renda, porém com pouca significância, o que exigiria testes de robustez e outros métodos para verificar a relação de causalidade. |