Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Braga, Anna Carolina de Moraes |
Orientador(a): |
Messias, Iara Jose Taborda de, 1958- |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/34058
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Resumo: |
Resumo: A hanseníase é acompanhada por deficiências na imunidade celular, fator que pode aumentar a suscetibilidade dos pacientes à co-infecções. Existem numerosas evidências de associação entre a hanseníase e as infecções causadas pelo HIV 1+2, HBV, HCV e HTLV I+II, porém no Brasil são poucos os relatos. Neste estudo determinou-se a prevalência das co-infecções por HIV 1+2, HBV, HCV e HTLV I+II em pacientes com hanseníase do Paraná. Foram investigados 199 pacientes hansenianos (18-94 anos; 122 homens e 77 mulheres, 119 com a forma virchowiana e 80 com as demais formas da doença) e 681 controles formados por doadores de sangue, pareados com os pacientes por freqüência (18-65 anos, 412 homens e 160 mulheres). Anticorpos anti-HIV 1+2 foram determinados por enzimaimunoensaio (EIA) e confirmados por um enzimaimunoensaio em micropartículas (MEIA) e imunofluorescência indireta (IFI). Em relação a hepatite B, o antígeno HBs e o anticorpo anti-HBc foram detectados por EIA. Anticorpos contra o HCV foram detectados por EIA de terceira geração e confirmados por imunoblot. Anticorpos anti-HTLV I+II foram investigados através de EIA. Os resultados obtidos não demonstraram diferença significativa quanto a prevalência das infecções pelo HIV 1+2 e HTLV I+II entre pacientes hansenianos e controles (HIV: 0,50% vs 0,15%; OR=3,43; IC 95%=0,21-55,16; p>0,05; HTLV I+II: 0,00% vs 0,15%; OR=1,14; IC 95%=0,05-28,02; p>0,05). Associações positivas foram observadas entre a hanseníase e a infecção pelo HBV e HCV (HCV: 3,52% vs 0,15%; OR=24,79; IC 95%=3,03-202,74; p=0,0002; HBV: 39,70% vs 6,31%; OR=9,77; IC 95%=6,42-14,86; p<0,004 E-30). Demonstrou-se também uma associação positiva estatisticamente significativa com a forma virchowiana da doença e a co-infecção pelo HBV (OR= 2,41; IC 95%=1,21-4,80; p=0,017), indicando que a gravidade da doença confere um maior risco de co-infecção pelo HBV. Todos os pacientes positivos para hepatite C apresentaram a forma virchowiana, contudo esta associação não demonstrou significância estatística (OR=7,67; IC 95%=0,43-136,62; p=0,640). É provável que uma amostragem maior poderá demonstrar significância estatística na associação da forma virchowiana com a presença da infecção pelo HCV em pacientes hansenianos. Os pacientes internados demonstraram aumento significativo das co-infecções por HBV (OR=3,91; IC 95%=2,07-7,37; p=0,00002) e HCV (OR=14,95; IC 95%=1,76-127,03; p=0,004) quando comparados aos ambulatoriais, indicando que o confinamento é um fator de risco importante para essas co-infecções. Estes resultados enfatizam a importância de monitorar a interação entre HBV e HCV com a hanseníase, e necessidade de cuidados especiais com pacientes internados e portadores da forma virchowiana, com o intuito de prevenir as co-infecções pelo HBV e pelo HCV. |