Pontoscolex Corethrurus (Muller, 1857) e Eisenia Andrei, Bouche 1972, como Bioindicadoras de solos contaminados por agrotóxicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Buch, Andressa Cristhy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/24964
Resumo: Resumo: O uso indiscriminado e abusivo de agrotóxicos vem crescendo constantemente, devido à demanda por uma maior produção agrícola mundial. Esse intenso uso do solo impacta o ambiente e a biota do solo. Para indicar em que medida esses produtos químicos são nocivos e como e onde manifestam os seus efeitos, pode-se fazer uso de testes ecotoxicológicos, com minhocas por exemplo. Esses animais são essenciais para a manutenção dos processos químicos e biológicos do solo, e revelam por meio de testes comportamentais, agudos e crônicos, os impactos dos agrotóxicos. Atualmente existem diversos protocolos padronizados pela ISO- Organização Internacional de Padronização, que utilizam organismos terrestres do solo como bioindicadores. Alguns destes foram desenvolvidos para minhocas, com as espécies padrão Eisenia fetida e Eisenia andrei, espécies de clima temperado. Estas no entanto, podem ser menos relevantes para estudos ecotoxicológicos edáficos, já que vivem na liteira (epigeicas), e consomem matéria orgânica fresca, de origem animal e vegetal. A espécie Pontoscolex corethrurus, nativa de regiões tropicais, pode ser uma alternativa para testes ecotoxicológicos de maior relevância ecológica, pois vive no solo e consome matéria orgânica do solo (endogeica). Contudo, pouco se conhece a respeito da sensibilidade dessa espécie a agrotóxicos. Os objetivos principais desse trabalho foram: acompanhar o ciclo de vida e desenvolvimento de P. corethrurus em solo tropical artificial, e comparar a sensibilidade dessa espécie com a espécie padrão, E. andrei, a diversos agrotóxicos. O solo artificial tropical não ofereceu limitações para o desenvolvimento de P. corethrurus, enquanto havia alimento suficiente. O ciclo de vida dessa espécie é longo (12 meses) e a reprodução inicia-se 90 dias após maturação sexual, inviabilizando o uso desta em testes ecotoxicológicos crônicos, de reprodução, dentro do período padrão da ISO (56 dias). Os testes ecotoxicológicos agudos e comportamentais mostraram que a sensibilidade de P. corethrurus é semelhante à da espécie padrão, para a maior parte dos agrotóxicos avaliados. Contudo, até o momento, apenas três agrotóxicos foram avaliados usando essa espécie nativa, fazendo-se necessário realizar testes ecotoxicológicos usando uma ampla gama de contaminantes para comparar a sensibilidade dessas espécies, e avaliar se a espécie padrão permanece adequada para determinar a toxicidade desses contaminantes no ambiente edáfico.