Avaliação da toxicidade de formas inorgânicas do arsênio na minhoca Eisenia andrei (Bouché, 1972)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Reis, Fernanda Oliveira
Orientador(a): Silva Júnior, Flávio Manoel Rodrigues da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9490
Resumo: O arsênio é um elemento-traço de ocorrência natural no ambiente e sua presença e interações podem ser potencialmente perigosos para a biota a partir de atividades antropogênicas ou processos naturais. No solo, minhocas são organismos-chave para a ciclagem de nutrientes e a presença de compostos tóxicos, tais como o arsênio, podem comprometer os processos ecológicos locais. Este elemento pode ser encontrado no solo em formas orgânicas e inorgânicas, sendo estas o arsenito (As3+) e arsenato (As5+). O objetivo do estudo foi avaliar a toxicidade de arsenito e arsenato utilizando como organismo modelo a minhoca californiana Eisenia andrei exposta em solo natural e solo artificial tropical (SAT). Foram feitos testes de toxicidade aguda com concentrações crescentes de As3+ e As5+, visando avaliar a mortalidade das minhocas e estimar a concentração letal 50% (CL50) e 10% (CL10), além de teste de comportamento de fuga e um ensaio com concentrações subletais destes contaminantes visando avaliar danos em biomoléculas (lipídios e DNA). Os valores de CL50 para arsenito foram 21,27 mg/kg no solo natural e 19,0 mg/kg no SAT e para o arsenato foram 76,18 mg/kg no solo natural e acima de 120 mg/kg no SAT. No ensaio de comportamento de fuga, este comportamento mostrou ser significativamente maior no solo natural e para as minhocas expostas ao arsenito, enquanto o dano lipídico e o dano de DNA foram significativamente maiores nos animais expostos ao arsenito, mas sem diferenças em relação aos dois tipos de solo testados. Os resultados obtidos no presente estudo mostram o impacto da exposição do arsênio na saúde da minhoca Eisenia andrei, sobretudo na forma de arsenito e alertam ao poder público que os limites legais devem, sempre que possível, considerar as diferentes espécies químicas dos contaminantes.