Relações filogenéticas entre as abelhas da subfamília Andreniae com ênfase nas tribos Calliopsini, Protandrenini e Protomelitturgini (Hymenoptera, Apidae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ramos, Kelli dos Santos
Orientador(a): Melo, Gabriel A. R. (Gabriel Augusto Rodrigues de)
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/25745
Resumo: Resumo: Andreninae compreende um grupo de abelhas de língua curta, morfologicamente heterogêneo, caracterizado pela presença de duas suturas subantenais e de fóveas faciais. A subfamília inclui aproximadamente 2700 espécies conhecidas, amplamente distribuídas na maioria dos continentes. O grupo apresenta maior diversidade de espécies nas regiões temperadas e xéricas da América do Norte e Sul. Os estudos que investigaram a monofilia e filogenia das principais linhagens de Andreninae apresentam resultados controversos principalmente quanto: a monofilia de Andrenini em relação à Aloncadrena, o posicionamento filogenético de Euherbstia e Orphana em relação aos demais Andrenini, a monofilia de Protandrenini e as relações filogenéticas dos gêneros atualmente reconhecidos na tribo, o posicionamento filogenético de Calliopsini, as relações filogenéticas de Neffapis, Perditini, Panurgini e Melitturgini e a monofilia de Panurgini e Melitturgini. Desta forma, o objetivo do presente trabalho consiste em reconstruir as relações filogenéticas das principais linhagens de Andreninae (Capítulo 1), bem como das linhagens internas de Calliopsini (Capítulo 2) e Protandrenini (Capítulo 3), no intuito de reconhecer os agrupamentos monofiléticos e fornecer suporte para uma classificação consistente. Em todos os três capítulos as análises filogenéticas foram baseadas em caracteres moleculares derivados de três genes nucleares: 28S rRNA, wingless e EF-1a, exceto no Capítulo 3, no qual também foram incluídos caracteres morfológicos. As relações filogenéticas foram investigadas sob os métodos de parcimônia, máxima verossimilhança e inferência bayesiana. Os resultados obtidos corroboram a monofilia da subfamília e apontam para as seguintes relações filogenéticas entre as tribos de Andreninae: (Andrenini + Euherbstiini) (Oxaeini (Nolanomelissini (Calliopsini (Protandrenini + Protomeliturgini) (Neffapini + Perditini + Melitturgini + Panurgini))))). Perditini, Melitturgini e Panurgini representam grupos muito heterogêneos, cujas relações permanecem sem resolução. Protandrenini mostrouse parafilética em relação a Protomelitturgini, sugerindo que a última não deveria ter status de tribo distinta. A análise filogenética de Calliopsini permitiu o reconhecimento da monofilia de todos os gêneros, exceto Calliopsis. A topologia obtida apresenta as seguintes relações filogenéticas: (Litocalliopsis (Acamptopoeum + Calliopsis em parte) (Callonychium (Calliopsis em parte (Arhysosage + Spinoliella)))). As análises do Capítulo 3 (sobre Protandrenini) corroboram a monofilia de Protandrenini, com a inclusão de Protomelitturgini e a exclusão de Neffapis. Os resultados obtidos reconheceram diversos agrupamentos monofiléticos e permite a discussão de uma nova proposta de classificação para a tribo. Os gêneros Austropanurgus, Heterosarus, Parasarus, Pseudosarus, Pterosarus e Xenopanurgus foram reconstruídos como linhagens independentes de Protandrena. O único gênero que se mostrou filogeneticamente relacionado à Protandrena s.str. foi Metapsaenythia. Os gêneros Cephalurgus, Rhophitulus e Heterosarus se mostraram agrupamentos heterogêneos e não monofiléticos.