Cuidado parental em Boto-cinza, Sotalia guianensis, na Região do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Teixeira, Clarissa Ribeiro
Orientador(a): Monteiro Filho, Emygdio Leite de Araujo, 1957-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/35134
Resumo: Resumo: Em cetáceos, o longo período de cuidado materno e o forte vínculo entre mães e a prole são fatores fundamentais para a sobrevivência dos filhotes em um ambiente aquático. O boto-cinza, Sotalia guianensis, é um delfinídeo que apresenta ampla distribuição ao longo da costa brasileira. Assim como outros cetáceos, exibe um extenso período de investimento materno e diversos comportamentos de cuidado parental. Neste estudo, avaliamos como ocorre a frequência destes comportamentos em diferentes classes etárias dos filhotes na região do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia - São Paulo, entre o período de julho de 2011 a junho de 2012. A frequência dos comportamentos observados diferiu significativamente entre as classes etárias estudadas (X² = 24,092, gl = 2, p < 0,001), sendo alta em neonatos e declinando em infantes e juvenis. Dentre os comportamentos observados, o nado acompanhado foi o comportamento mais frequente em neonatos (73,44%), sendo observado em infantes e juvenis em menor frequência e apenas em situações específicas (27,10% e 30,93%, respectivamente). Nestas classes mais independentes, a mãe passa a permitir os distanciamentos dos filhotes e assim, o comportamento mais frequente passa a ser o encontro de famílias (40,19% e 47,42%, respectivamente), em que diferentes estruturas reúnem-se para forragear, enquanto seus filhotes interagem e desenvolvem suas habilidades através de brincadeiras. Ao contrário do que era esperado, as classes mais independentes também demandaram uma alta quantidade de cuidados. Entretanto, os comportamentos direcionados a estes indivíduos são mais diversificados do que aqueles observados para neonatos, já que nesta fase os filhotes se deparam com situações de perigo antes evitadas pela mãe, fazendo com que esta tenha que desempenhar diferentes estratégias a fim de manter a integridade física do filhote.