Estudo clínico-histológico das alterações de pele e associação com Doença do Enxerto contra o hospedeiro em pacientes pediátricos submetidos a transplante de células-tronco hematopoéticas no Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC-UFPR.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vasselai, Angélica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/25853
Resumo: Resumo: A Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) é um processo imunológico resultante da ativação de linfócitos T do doador pelos antígenos do tecido do hospedeiro resultando em agressão imunológica contra a pele, trato gastrointestinal e fígado. A apresentação clínica da DECH na pele consiste em eritema que ocorre entre 1 e 8 semanas após o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). A biópsia cutânea é freqüentemente utilizada no diagnóstico diferencial das alterações de pele pós-TCTH, contudo sua interpretação é um desafio, pois apesar dos critérios histológicos da DECH estarem estabelecidos, outras complicações produzem manifestações histologicamente semelhantes. Este estudo se propõe a descrever o perfil clínico-histológico das alterações cutâneas em pacientes pediátricos submetidos ao TCTH no HC-UFPR e analisar as características clínicas e histológicas em relação a DECH. Foram avaliados retrospectivamente todos as alterações de pele submetidas a estudo histológico entre Janeiro de 2006 a Junho de 2007. Cada biópsia foi analisada para presença de 10 elementos histológicos. Constituíram a amostra deste estudo 36 casos de alterações cutâneas observadas em 28 pacientes submetidos ao TCTH alogênico. As alterações de pele ocorreram com mediana de 48,0 dias pós-TCTH, 77,8% como eritema cutâneo e 27 casos com suspeita clínica de DECH. O diagnóstico histológico alterou o diagnóstico clínico em 38,9%. Conforme a terapêutica empregada a amostra foi dividida em DECH e não DECH. No grupo DECH as alterações de pele ocorreram com mediana de 56,0 dias pós- TCTH, todas como eritema cutâneo. Atrofia epidérmica, queratinócitos necróticos, atipia nuclear e vacuolização basal foram mais freqüentemente observadas no grupo DECH, porém sem diferença significantemente significativa (p>0,05). Observou-se associação entre presença de vacuolização basal e a ausência de paraceratose com a DECH. Desta forma conclui-se que as alterações cutâneas biopsiadas se apresentaram como eritema em média 7 semanas após o TCTH. A suspeita clínica da DECH foi o principal motivo para realização da biópsia cutânea e seu estudo alterou a conduta clínica em 38,9% dos casos. A prevalência da DECH clínica foi de 67,8% e sua apresentação clínica mais freqüente foi eritema cutâneo em média seis semanas após o TCTH. No estudo histológico a presença de vacuolização da camada basal apresentou tendência como fator predisponente para DECH e a ausência de paraceratose como fator protetor para DECH.