Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Daiana Proença |
Orientador(a): |
Monteiro Filho, Emygdio Leite de Araujo, 1957- |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/35460
|
Resumo: |
Resumo: As interações entre o homem e o ambiente provocam distintos impactos, sendo um deles a poluição marinha. No mar, organismos marinhos ingerem os resíduos e este trabalho analisou este processo em uma área de alimentação de tartarugas-verdes (Chelonia mydas). Do total de tartarugas amostradas, 70% ingeriu resíduos que somaram 7330 itens, variando de 1 a 1518 por animal. O peso total de resíduos analisados foi de 497,69 g e o volume 619,7 ml. A relação entre o tamanho dos animais e o número de itens ingeridos apresentou uma baixa correlação negativa (r= -0,36; p= 0,009; n=48). Os resíduos encontrados somaram 11 categorias cujas frequências apresentaram diferenças significativas (x2= 467,00; gl=10; p= <0,0001), sendo plástico duro (70,2%), plástico mole (11,5%) e pellets (7,7%) os mais representativos. As cores totalizaram 12 categorias e também indicaram diferenças significativas (x2= 178,92; gl=11; p= <0,0001). As que mais contribuíram foram bege (41,8%), branco (17,5%) e transparente (11,5%). Os tipos de itens foram agrupados e os plásticos somaram 82,4% do total e diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 177,25; gl=3; p= <0,0001). Um agrupamento de cores também foi realizado, sendo 59% correspondente aos itens claros. Diferenças significativas entre estes grupos também foram observadas (x2= 34,84; gl=2; p= <0,0001). As diferenças observadas entre os tipos e as cores dos resíduos sólidos ingeridos, provavelmente não expressam a preferência do animal por tipo ou cor, mas podem refletir a disponibilidade dos resíduos nas áreas de alimentação. Conhecer a proporção do lixo marinho ingerido é importante para revelar informações acerca da magnitude do impacto sobre a biota marinha na região. Os resultados evidenciam a interação negativa da poluição marinha sobre as tartarugas-verdes, sendo que estas podem funcionar como bioindicadoras da qualidade ambiental na área de estudo. Dada a importância da região, por tratar-se de um mosaico de Unidades de Conservação, faz-se necessária a implementação de medidas mitigatórias que visem à conservação das tartarugas marinhas e do relevante ambiente. |