Avaliação econômica dos produtos florestais não madeiráveis na área de proteção ambiental - APA de Guaratuba - Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Balzon, Dalvo Ramires
Orientador(a): Santos, Anadalvo Juazeiro dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/10307
Resumo: Esse estudo aborda a contribuição dos Produtos Florestais Não Madeiráveis (PFNMs) para a geração de trabalho e renda das comunidades rurais tradicionais, localizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba. Nele são analisadas as características sob o ponto de vista sócio-econômico das famílias extrativistas, os principais PFNMs extraídos e comercializados e sua cadeia produtiva, analisando aspectos econômicos como lucratividade, margem de comercialização e markup - sistemas de produção agropecuários mais importantes e a participação dos PFNMs na composição da renda das famílias extrativistas. Os resultados apontam para uma situação critica em termos de acesso a educação, saúde, saneamento, moradia, transportes, etc. Os principais PFNMs extraídos e comercializados são o Cipó-preto, Guaricana, Musgo e Samambaia. O Cipó-preto é comercializado parte como cestos artesanais com estrutura claramente monopsônica, o que representa total dependência do extrativista/arte frente ao agente comprador, tanto em termos de quantum extraído como de preços de comercialização e parte na forma original (sem beneficiamento). Os principais cestos artesanais produzidos são: a bandeja redonda nº 3, bandeja retangular nº 3, coração nº 2 e coração nº 3. As margens de lucro da bandeja redonda nº 3 é de 11,8%; bandeja retangular nº 3 de 12,3%, coração nº 2 de 0,3% e coração nº 3 de 5,9%, Cipó preto sem beneficiamento 16,7%, Guaricana 16,7%, Musgo 37,5% e Samambaia 33,3%. A margem de comercialização entre o extrator e o varejo na bandeja redonda nº 3, 93,1%, bandeja retangular nº3, 92,7%, coração nº 2, 91,1%; coração nº 3, 91,9% e a samambaia, 96,7%. O markup entre o extrator e o varejo na bandeja redonda nº 3, 1350%, bandeja retangular nº 3, 1275%, coração nº 2, 1025%, coração nº 3, 1135,3%, guaricana, 100%, musgo, 70% e samambaia, 2900%. Os PFNMs contribuem com 56,7% da renda total média das famílias. A agricultura praticada pelas famílias extrativistas tem caráter de subsistência, com baixo nível tecnológico em função da falta de acesso a terra e conseqüentemente aos instrumentos econômicos e técnicos necessários ao seu desenvolvimento. Na composição de outras rendas, a aposentadoria e os empregos formais são as principais fontes. Finalizando, sugere-se maior presença do Estado através de programas e projetos capazes de melhorar as demandas sociais, bem como contribuir para o desenvolvimento e consolidação das atividades extrativistas e de outras, num contexto de sustentabilidade como fonte importante de geração de trabalho e renda para as comunidades da região.