Distonia cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Werle, Roberta Weber
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/35011
Resumo: Resumo: Introdução: A distonia cervical (DC) é um distúrbio do movimento caracterizado por movimentos involuntários, com contrações sustentadas ou repetitivas dos músculos cervicais, causando torções e posturas anormais. A dor, a postura anormal da cabeça e o tremor distônico têm sido apontados como fatores limitantes na execução das atividades diárias. Além de fatores físicos outros como a depressão, ansiedade, dificuldades na interação social e constrangimento social afetam a qualidade de vida (QV) e a capacidade de trabalho destes pacientes. Objetivos: Descrever o perfil funcional, clínico e de QV de pacientes com DC sem efeito da toxina botulínica (BTX), ou com apenas efeito residual em acompanhamento e tratamento no Ambulatório de Distúrbio de Movimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR), verificar a existência de correlação entre o nível de comprometimento motor, dor e QV e analisar o impacto da gravidade da DC e da dor nas atividades de vida diária e na QV. Casuística: Setenta pacientes, com mediana de 50 anos (39-65), variando entre 21 e 79 anos, sendo 44 (63%) do gênero feminino. Métodos: Foram utilizados um protocolo contedo dados de identificação e as escalas Craniocervical Dystonia Questionnaire-24 (CDQ24) para avaliação da QV e Toronto Western Spasmodic Torticollis Rating Scale (TWSTRS) para avaliação da gravidade da DC. Resultados: A combinação de movimentos foi observada em 41 (58,4%) pacientes sendo torcicolo e laterocolo a mais freqüente (35,7%%) e o torcicolo a apresentação mais prevalente (80%). Vinte (28,6%) pacientes encontravam-se em aposentadoria precoce devido à doença. O tremor distônico foi observado em 50 (71,4%) pacientes e 59 (84,3%) relataram sentir dor. Observou-se que quanto maior a incapacidade (para a realização do trabalho, atividades de vida diária, atividades fora de casa, ler e dirigir), dor e a gravidade da distonia pior a QV (p<0,0001) dos pacientes avaliados neste estudo. A maior gravidade esteve relacionada a maior incapacidade (p<0,0001). Discussão e Conclusão: A prevalência da DC em mulheres, o tremor distônico, a aposentadoria precoce, o torcicolo como componente mais observado e combinação de desvios como achado mais prevalente são dados que corroboram com os encontrados na literatura. Foi observada interferência da DC para a execução das atividades de vida diária e na QV, sendo a dor um fator limitante estando associada, neste estudo, à incapacidade físico-funcional e à gravidade da distonia. Sinais de isolamento, interação social prejudicada e limitação emocional também apontam para o impacto negativo na QV destes pacientes.