Governança corporativa e custo de capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Garbrecht, Guilherme Teodoro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30454
Resumo: Resumo: A literatura mostra que mecanismos de governança corporativa são utilizados para proteção dos fornecedores de recursos, garantindo que os mesmos obtenham o retorno sobre os valores investidos. As empresas que adotam boas práticas de governança tendem a diminuir os riscos envolvidos nos negócios, com reflexos na redução do seu custo de capital. A presente dissertação investiga a influência da governança corporativa no custo de capital próprio em empresas brasileiras, buscando analisar se a governança tem o efeito de reduzir o custo de capital. A análise compreende o período de 2007 a 2010, em uma amostra de 99 empresas de capital aberto da BM&FBovespa. Para o cálculo do custo de capital próprio, foi utilizado uma versão do modelo de lucro residual, que busca estimar o custo de capital implícito no preço das ações. O modelo utiliza-se de previsões de lucros de analistas para calcular o fluxo de caixa da empresa. A taxa de desconto que iguala o fluxo de caixa ao preço das ações corresponde ao custo de capital implícito. Como proxy para a governança, foi construído um índice amplo composto de 33 questões objetivas, coletadas dos dados públicos disponibilizados pelas companhias. Para o estudo empírico, além das variáveis dependente e independente, foram utilizadas como variáveis de controle no modelo o tamanho, o beta, o endividamento, a relação book-to-market e ADRs, sendo utilizada a regressão de dados em painel, especificamente, o modelo de efeitos aleatórios. Os resultados não apontaram relação entre a governança e o custo de capital; embora o sinal encontrado tenha sido negativo, como preconizado pela teoria, a não significância estatística não permite maiores conclusões. Os resultados corroboram outras pesquisas nacionais que não encontraram relação entre governança e custo de capital nas empresas de capital aberto brasileiras. As variáveis que se apresentaram estatisticamente significativas foram o Endividamento e a Relação Book-to-Market, ao nível de 5% e 1%, respectivamente. Em testes adicionais, com modificação no modelo, a variável que mensura a governança mostrou-se relacionada com o custo de capital, ao nível de 1%, mas, somente nos modelos em que a variável Relação Book-to-Market foi suprimida, demonstrando a força da relação dessa variável com o custo de capital.