Metodologia e sistema computacional para uso múltiplo e integrado de florestas tropicais da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cavalcanti, Francisco José de Barros
Orientador(a): Machado, Sebastião do Amaral, 1939-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/13398
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método lógico para elaboração de planos de manejo de uso múltiplo de florestas tropicais heterogêneas. Nesse sentido, foi elaborado um sistema composto por sete seções ou etapas de processamento. A primeira seção é um banco de dados geral que possui duas funções básicas: armazenar as informações de qualquer espécie conhecidas e de seus produtos, tais como suas características ecológicas, tecnológicas e econômicas, e expressar o nível de conhecimento das espécies, dos produtos e das variáveis das espécies. A segunda seção do método, denominada de “Informações da floresta”, possui três funções principais: a primeira é a de integrar as informações dos levantamentos de campo da floresta alvo do manejo, isto é, do inventário por amostragem, do censo florestal e de outras fontes; a segunda função é buscar no banco de dados geral as informações existentes sobre as características das espécies, bem como dos seus produtos; a terceira função trata dos processamentos e formatação das informações para transferência ao programa de geoprocessamento e conseqüente confecção dos mapas necessários ao manejo florestal. A terceira seção do método trata da análise da viabilidade econômica dos diferentes produtos identificados na floresta, tanto do setor primário, isto é, do extrativismo, quanto do setor secundário, isto é, das usinas de beneficiamento. A quarta seção do método distribui as espécies fontes dos produtos em três classes de manejo distintas. À classe 1 são destinadas as espécies cujas regras de manejo já são estabelecidas técnica e legalmente. À classe 2 são destinadas as espécies que necessitam do estabelecimento de procedimentos básicos ou mínimos de exploração e monitoramento, uma vez que não estão definidos na literatura. À classe 3 são destinados os resíduos ou produtos da floresta cuja política de manejo restringe-se ao registro e estatística da sua exploração. A quinta seção do método diz respeito a ferramentas auxiliares para o planejamento das atividades, através da quantificação de materiais, equipamentos e outros itens necessários às diferentes atividades. A sexta seção contém ferramentas de monitoramento da produção e da produtividade das equipes e das atividades. A sétima e última seção contém ferramentas de monitoramento dos gastos e das receitas por atividade. Para o banco de dados foram definidas 40 variáveis sobre as espécies, das quais 30 foram utilizadas para caracterização do nível de conhecimento de cada uma. As questões contemplaram informações desde o nome científico e família botânica até o número de sementes por kg e por safra, passando por informações sobre a síndrome de dispersão e estratégia de estabelecimento. Informações dos produtos das 906 espécies catalogadas foram obtidos em fontes diversas, desde publicações técnicas e científicas, como os da madeira, até pesquisa de campo, como os medicinais vendidos em feiras e outros mercados populares. Eles foram organizados em 156 aplicações, as quais foram distribuídas em 30 grupos de uso. O perfil econômico-ecológico de um compartimento da floresta com 1.000 hectares, situada em Sena Madureira, Acre, foi obtido pela integração das informações das espécies existentes na área com o banco de dados. As informações da floresta foram obtidas por meio do censo florestal, que registrou indivíduos com DAP = 40cm, do inventário por amostragem, que contemplou indivíduos a partir do DAP = 5cm e de outras fontes de informação sobre espécies não registradas nos dois inventários que entretanto ocorrem na área. A reunião das informações dos levantamentos florestais resultou numa lista de 315 espécies e grupos de espécies. Para a decisão da exploração ou não das espécies registradas e produtos identificados foram desenvolvidas rotinas que permitem aplicar os principais métodos de análise de investimento. A madeira em tora para serraria e laminadora e a exploração de galhos de árvores para energia foram inseridas na classe 1. Plantas ornamentais, Copaíba para óleo, Seringueira, Castanheira e outras foram inseridas na classe 2. Na classe 3 de manejo foram inseridos o paú (fuste em decomposição), árvores e palmeiras ocas mortas e caídas, dentre outros. Os procedimentos e rotinas desenvolvidos foram reunidos num sistema computacional