Estudo bioecológico de espécies de coleóptera do gênero Bledius, 1819, em praias arenosas de Pontal do Sul, Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vianna, Angélica Xavier de Miranda Ribas
Orientador(a): Borzone, Carlos Alberto, 1955-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/31800
Resumo: Resumo: A família Staphylinidae tem ampla distribuição ao longo do globo e apresenta diversos gêneros. A subfamília Oxytelinae apresenta o gênero Bledius Leach, 1819 como o segundo maior em termos de riqueza de espécies. A ocorrência de três espécies de Bledius foi registrada no litoral paranaense: Bledius bonariensis, Bledius fernandezi e Bledius hermani. O presente trabalho teve como objetivo estudar alguns aspectos da biologia e ecologia desses Staphylinidae ocorrentes no litoral do Paraná, em dois setores da praia de Pontal do Sul denominados de Assenodi e Cem. Os setores apresentaram diferenças quanto a parâmetros sedimentológicos e concentrações de clorofila. Registrou-se a ocorrência de B. bonariensis e B. fernandezi no supralitoral do setor Assenodi, com uma clara diferença na distribuição espacial, sendo observada pouca sobreposição. A espécie B. hermani ocorreu próximo à linha de detrito, no setor Cem. As três espécies exibiram influencia das características sedimentológicas, umidade e disponibilidade de alimento em suas distribuições. Duas espécies foram estudadas ao longo de 50 coletas semanais (B. bonariensis e B. hermani). A partir disso, pode-se perceber que B. bonariensis tem preferência pelo supralitoral, contudo a sua distribuição pode-se estender para o mesolitoral. Essa espécie apresenta pequenas flutuações na abundancia, especialmente se comparada com as abundancias de B. hermani, com grandes variações de uma semana para outra, e baixíssimas abundancias no período invernal. A sua distribuição ficou quase restrita ao mesolitoral da praia, por baixo da linha de detrito ou linha de deixa. Sugere-se que B. bonariensis permaneça de quatro a cinco semanas em estádio larval para, então, virar adulto e a larva de B. hermani demore o tempo de quatro semanas para o próximo estádio de adulto. As duas espécies demonstraram diferentes hábitos e estratégias de vida.