Revisão taxonômica do gênero Xylographus Mellié, 1847 (Coleoptera: Polyphaga: Ciidae) da África

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sandoval Gómez, Vivian Eliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26942
Resumo: Ciidae é uma família de pequenos besouros micetobiontes com cerca de 650 espécies descritas, agrupadas em 43 gêneros, os quais ocupam quase todas as terras continentais e insulares do planeta. As larvas e adultos da maioria das espécies vivem associados à basidiomas de macrofungos poróides e dependem exclusivamente deles como hábitat, alimento e local de reprodução. Xylographus Mellié é o gênero mais diverso dentro de Orophiini com 36 espécies descritas, presente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. As espécies deste gênero, por atingirem os maiores tamanhos corporais dentre os ciídeos, são responsáveis pela decomposição de grandes quantidades de matéria fúngica, disponibilizando diversos nutrientes aos ecossistemas terrestres. Contudo, não há nenhuma revisão taxonômica ou sinopse publicada sobre o gênero, e a identificação das espécies é dificultada pela falta de dados nas descrições originais e a ausência de espécimes identificados nas coleções entomológicas. Na presente tese, foi revisada a taxonomia de Xylographus para o continente Africano, o que abriga a maior diversidade, especialmente das regiões biogeográficas Afrotropical e Afrotemperada. O estudo morfológico, morfométrico, dissecção e análise das terminálias abdominais de machos foram baseados em aproximadamente 1200 espécimes pertencentes a 13 coleções entomológicas. Os principais resultados foram: (i) descrição de sete espécies novas; (ii) proposta de X. testaceitarsis Pic como sinônimo júnior de X. anthracinus Mellié; (iii) X. seychellensis Scott, X. tarsalis Fahraeus, X. eichelbaumi Reitter e X. rufipennis Pic como sinônimos júnior de X. madagascariensis Mellié; (iv) X. longicollis Pic como sinônimo júnior de X. nitidissimus Pic; (v) X. rufescens Pic como sinônimo júnior de X. subsinuatus Pic; (vi) redescrição de nove espécies: X. anthracinus, X. bicolor Pic, X. globipennis Reitter, X. hypocritus Mellié, X. madagascariensis, X. nitidissimus, X. perforatus Gerstaecker, X. subopacus Pic e X. subsinuatus; (v) transferência de X. dentatus Pic para o gênero Cis Latreille. Uma chave para a identificação das 16 espécies válidas das regiões afrotropical e afrotemperada é apresentada. Os dados de distribuição geográfica, fungos hospedeiros e aspectos morfológicos relevantes foram aprofundados e discutidos.