Produção de painéis estruturais de lâminas paralelas (PLP) de Eucalyptus grandis Hill ex-Maiden

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pio, Nabor da Silveira
Orientador(a): Keinert Jr., Sidon, 1951-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/2235
Resumo: Este trabalho teve como objetivo principal testar a viabilidade da produção de painéis estruturais de lâminas paralelas (PLP) de Eucalyptus grandis Hill ex-Maiden a partir de uma pré-classificação não destrutiva das lâminas. respeitando um valor mínimo de rigidez. Foram avaliadas lâminas obtidas de árvores de 15 e 20 anos de idade. Antes da laminação as toras foram submetidas a um cozimento a vapor a uma temperatura em torno de 80°C, em seguida la minadas com espessuras de 2,00 e 2,60 mm e secas a um teor de umidade final de 6 %. A pré-classificação das lâminas foi realizada utilizando-se o stress wave timer, equipamento que verifica o tempo de propagação de uma onda de tensão através da lâmina , gerando seis diferentes classes de rigidez, sendo três por idade. Para a divisão em classes de rigidez, adotou-se duas amplitudes de classe, 20.000 kgf/cm2 pa ra 15 anos e 30.000 kgf/cm2 para 20 anos, e o parâmetro utilizado para a pré-classificação foi o módulo de elasticidade dinâmico, não destrutivo, calculado com o auxílio do stress wave timer. Através das classes de rigidez foram gerados histogramas de freqüência para os valores do módulo de elasticidade dinâmico e densidade das lâminas. As duas espessuras de lâminas também foram avaliadas através do módulo de elasticidade dinâmico, o qual revelou não haver diferenças significativas entre as mesmas. Os painéis foram produzidos com 13 lâminas combinadas nas diferentes espessuras e coladas com adesivo à base de resina fenol- formoldeído. Antes do ensaio destrutivo em flexão estática foi realizado uma nova leitura com o stress wave timer nos painéis e com isso foi proposto um fator de rigidez aparente empírico entre o módulo de elasticidade dinâmico e o módulo de elasticidade destrutivo dos painéis, através de uma análise de regressão , utilizando uma equação linear simples. A análise estatística procedeu a um nível de significância de 95 % seguida do teste de médias de Tukey ao mesmo nível. Foram ava liadas as seguintes propriedades físicas para os painéis: densidade, inchamento em espessura 2 e 24 horas, expansão linear no comprimento 2 e 24 horas, expansão linear na largura 2 e 24 horas, absorção de água 2 e 24 hora s. As propriedades mecânicas avaliadas foram: resistência da linha de cola ao cisalhamento por compressão - condição seca e pós fervura , compressão perpendicular às fibra s, compressão paralela às fibras, tração paralela às fibras e flexão estática. Os resultados indicam que a divisão de lâminas em classes de rigidez mostrou-se eficiente contribuindo para o aumento das propriedades de resistência mecânica dos painéis. Para as propriedades físicas os resultados indicam que os painéis possuem excelente estabilidade dimensional , mas na absorção de água a 24 horas de imersão o comportamento mostrou-se próximo à madeira maciça. Nas propriedades mecânicas a idade foi determinante, especialmente para a resistência da colagem , e para as demais propriedades os resultados obedeceram as classes de rigidez propostas comprovando a eficiência do método de classificação. As lâminas de madeira obtidas a partir das toras com 20 anos são mais indicada para a produção de painéis destinados ao uso estrutural , o que não descarta a menor idade 15 anos, e o fator de rigidez aparente empírico, é um importante instrumento para se estimar valores para o MOE destrutivo em função do MOE dinâmico, que irá também determinar o uso final dos painéis.