Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Shimonishi, Juliana da Silva |
Orientador(a): |
Silva, Clovis Luiz Machado da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/32555
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Resumo: |
Resumo: A presente dissertação traz como tema central a discussão acerca da administração no contexto cultural brasileiro. Tendo em vista a diversidade do setor empresarial brasileiro e a complexidade e a riqueza de sua cultura, fica evidente o potencial nacional para o desenvolvimento de uma teoria organizacional que considere a sua realidade. No entanto, o Brasil tem-se mostrado altamente acolhedor, não só para organizações estrangeiras, mas também para modelos e técnicas de gestão de outros países, em especial dos Estados Unidos e do Japão, que dificilmente se adaptam com sucesso aos problemas e às necessidades organizacionais do país. Diante disso, o estudo teve como objetivo geral verificar a influência das principais características culturais brasileiras sobre a atividade gerencial em agências de uma organização privada nacional, uma estatal e uma multinacional, todas do setor bancário, com base na interpretação de seus dirigentes do nível operacional. A partir da literatura especializada sobre o tema, optou-se por investigar as seguintes oito características: receptividade ao estrangeiro (concepções positiva e negativa); orientação para o curto prazo; aversão à sistematização do trabalho; personalismo; protecionismo; aversão à incerteza; jeitinho brasileiro (concepções positiva e negativa) e formalismo. Já como atividade gerencial, ponderam-se as funções de liderança, comunicação, controle, tomada de decisão e negociação. Vale destacar que essa relação foi investigada por meio da interpretação dos dirigentes, uma vez que acreditava-se que diferentes visões de mundo levariam a diferenciadas ações organizacionais. Quanto a elas, é importante salientar que partiu-se da racionalidade formal como sua orientadora. O foco do estudo está no setor bancário, por este se configurar como altamente estruturado no contexto empresarial nacional, e mais especificamente em cinco agências bancárias de cada organização: Banco do Brasil, Unibanco S.A. e HSBC - Bank Brasil S.A.. Dessa forma, a partir do método de estudo de caso, foi desenvolvida uma pesquisa de natureza descritivo-qualitativa, e com corte transversal, realizada entre 2001 e 2002. Foram coletados dados primários por meio de entrevistas semi-estruturadas; e dados secundários, mediante investigação de documentos. Como técnicas de tratamento dos dados, foram utilizadas análises documental e de conteúdo; finalmente, para verificar similaridades e diferenças entre as organizações, apelou-se à análise comparativa dos casos. Os resultados da pesquisa apontaram que os dirigentes das agências sob investigação reconhecem a presença de traços culturais em seus grupos de trabalho, sendo que os mais relevantes e influentes em suas atividades de gestão são estes: orientação para o curto prazo, personalismo e jeitinho brasileiro em concepção positiva. Já como atividade gerencial, pode-se apontar a liderança, a comunicação e a tomada de decisão como as mais afetadas. Outro resultado importante atribui-se à utilização do processo de interpretação para verificar a relação proposta. Com isso, foi possível constatar que dirigentes de diferentes organizações percebem e interpretam os fenômenos de maneiras distintas e neste sentido, tomam atitudes diferenciadas. Como conclusão, obteve-se que o estudo da gerência, a partir da influência que sofre do contexto cultural é importante, na medida em que assinala algumas de suas dificuldades e necessidades e, por outro lado, oportunidades e soluções para os seus problemas. Assim, entender e considerar a cultura como elemento fundamental para a análise das organizações, aqui originadas e aqui atuantes, pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de uma teoria organizacional culturalmente inserida. |