Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Niszczak, Christiane Natal Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/1884/30416
|
Resumo: |
Resumo: Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) são destinadas a prestar uma assistência completa, concentrando recursos físicos, materiais e humanos, para atender crianças criticamente doentes. É rotineira a utilização do recurso da ventilação mecânica, porém, esta terapêutica invasiva não está isenta de riscos, devendo a equipe multidisciplinar de intensivistas, ter domínio e conhecer o perfil dos pacientes que necessitem deste recurso, propondo um cuidado baseado em evidências e sistematizado na prática. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos submetidos à ventilação pulmonar mecânica invasiva (VPMI). Métodos: Estudo observacional, analítico, coorte, prospectivo realizado em crianças com idade entre 28 dias a 14 anos incompletos, internadas na UTIP do Hospital de Clínicas da UFPR, submetidas à VPMI, no período de setembro/2011 a junho/2012. Setenta e cinco pacientes foram incluídos no estudo. Resultados: Dos pacientes admitidos na UTIP, 35,1% receberam VPMI e a maioria foi ventilada por mais de 12 horas, destes, 64,9% eram clínicos e 35,1% cirúrgicos. O principal sistema acometido na internação foi o respiratório, seguido do neurológico e de sepse/choque séptico. Houve ampla variação em relação ao tempo em VPMI e de permanência na UTIP, mas sem associação significativa com a evolução do paciente (p = 0,64). A insuficiência respiratória, seguido de alteração do nível de consciência ou doença neuromuscular, foram as principais indicações para a instituição da ventilação no grupo clínico, e para os cirúrgicos, após realização de cirurgia abdominal. Em relação à avaliação e ao suporte nutricional, foi observado que a maioria era eutrófica e em 51,4% a alimentação foi iniciada nas primeiras 24 horas da ventilação. Em relação às características da VPMI, cerca de 79,0% dos pacientes que a receberam, foi por situação de emergência. Houve associação significativa entre o profissional que realizou a intubação traqueal e o número de tentativas desta (p = 0,01). O modo ventilatório mais utilizado foi o Assisto-Controlado com Pressão Controlada. A higiene oral foi realizada em 77,3% e em 23,3% a cabeceira do leito não estava em 35-40o. O sistema de aspiração fechado mostrou-se seguro para uso em pediatria. Pelo menos uma droga para sedoanalgesia foi empregada na maioria dos pacientes. Foi encontrada uma frequência de pneumonia associada à ventilação mecânica de 4,0% e a cultura bacteriana da secreção traqueal, coletada imediata até 72 horas, já mostrava resultados positivos para bactérias patogênicas e resistentes a antibióticos. A extubação acidental ocorreu em 9,5% com diversos fatores relacionados. Conclusão: O conhecimento sobre o perfil do paciente submetido à VPMI contribui para melhorar a assistência ventilatória, caracterizando a prática diária desta na UTIP, além de permitir estruturar o cuidado prestado ao paciente crítico e proporcionar o trabalho em equipe multidisciplinar. |