Integrando modelagem de nicho ecológico e de dados em sig na avaliação da exposição de Leontopithecus (primates : callitrichinae) as mudanças climáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Meyer, Andreas Luiz Schwars
Orientador(a): Passos, Fernando de Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30419
Resumo: Resumo: Compreender como a biodiversidade responderá às mudanças climáticas é um dos grandes desafios da ciência da conservação. Alterações no clima podem impor sérios riscos aos organismos, principalmente àqueles com distribuições restritas, populações reduzidas e baixa capacidade de dispersão. Micos-leões, Leontopithecus spp., são primatas ameaçados e endêmicos de Floresta Atlântica, cujas quatro espécies viventes encaixam-se nesse contexto. Neste estudo, integramos modelagem de nicho ecológico a dados em SIG sobre os remanescentes de Floresta Atlântica e unidades de conservação para estimar, em escala local, a exposição (i.e. dimensão das alterações climáticas as quais uma espécie ou localidade será submetida) dos habitats atualmente adequados nos períodos de 2050 e 2080, bem como avaliar a eficácia das unidades de conservação em reter áreas climaticamente favoráveis. Os modelos de nicho foram gerados no algoritmo Maxent e projetados em sete modelos de circulação global derivados do cenário climático A1B. Segundo nossas projeções, a área de ocorrência de L. caissara será pouco exposta às mudanças no clima. As populações de L. chrysomelas situadas a oeste de sua distribuição original serão potencialmente expostas, ao passo que habitats adequados serão mantidos somente em parte da porção leste. Reservas que abrigam as maiores populações de L. chrysopygus e L. rosalia não serão capazes de reter condições favoráveis. Dada a potencial exposição de importantes populações, ressaltamos a importância da condução de estudos complementares para investigar outros aspectos da vulnerabilidade do gênero (i.e. sensibilidade ao clima e capacidade de adaptação) e, assim, gerar subsídios mais robustos e apropriados para suportar decisões. O monitoramento das tendências populacionais nas áreas expostas e a proteção das regiões preditas como adequadas no futuro também devem ser priorizados.