Redes de interação Planta Beija-Flor em um Gradiente Altitudinal de Floresta Atlântica no Sul do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Kohler, Glauco Ubiratan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/25658
Resumo: Resumo: Estudos da variação da composição das comunidades em gradientes de altitude informam sobre limitações da distribuição de espécies e estruturação comunitária. Os beija-flores, grupo de vertebrados de importância em comunidades animal-planta, são considerados os principais vetores de pólen em vários ecossistemas americanos. Estando estas relações coligadas na forma de redes de mutualismos, bjetivou-se a caracterização das redes de interação entre flores ornitófilas e beija-flores em um gradiente altitudinal de Floresta Atlântica no Sul do Brasil. Foram calculadas conectância de ligações, aninhamento das redes, grau de especialização destas, graus de dependência entre as espécies e correlacionados índices de especialização e força das espécies e o grau, além dos dois anteriores em três cotas altitudinais, sob as hipóteses de que a conectância aumenta com o aumento da altitude, as espécies com maiores dependências mútuas são encontradas nas regiões altas, o aninhamento diminui com o aumento da altitude e as redes mais especializadas encontrar-se-iam em menores altitudes. Foram também calculadas as centralidades dos graus para as espécies de plantas e animais nas três cotas. A estrutura das redes de interação iferiu entre as cotas altitudinais como produto da diminuição na riqueza comunitária com a altitude. Houve aumento na conectância e nas dependências mútuas com o aumento da altitude e ausência de aninhamento das redes, como produto da diminuição do tamanho destas com a elevação, corroborando parte das predições. As redes apresentaram maiores índices de especialização nas cotas menor e alta, em função do maior número de interações raras observadas nestas cotas. Duas espécies de beija-flores foram consideradas polinizadores chave na cota baixa, uma espécie na cota intermediária e duas na cota alta. As espécies de plantas apresentaram baixa centralidade do grau nas cotas baixa e intermediária, evidenciando a presença de interações especializadas ou raras; na cota alta três espécies de plantas foram onsideradas recursos chave. Os índices de especialização e grau das espécies animais e vegetais foram negativamente correlacionados na cota intermediária, não sendo observadas correlações em outras altitudes. Não houve correlação entre o índice de especialização e a força em animais em tod s as situações evidenciando o caráter generalista destes; para plantas isto não foiobservado na cota intermediária, apenas nas cotas menor e maior, evidenciando o caráter central de algumas espécies de plantas como recurso sazonal ou preferencial. A força das espécies e o grau foram positivamente correlacionados para os animais nas cotas baixa e alta, como produto do grande número de interações observadas para estes nestas cotas; para as plantas esta relação foi observada apenas na cota intermediária, em função da disponibilidade sazonal de algumas espécies de plantas como recurso preferencial. Os resultados são relacionados ao tamanho das redes, diferenciação nas iversidades comunitárias nas três cotas altitudinais, dinâmicas subjacentes de interação e efeitos de amostragem. Fatores como a defesa por recurso de algumas espécies territoriais pode inflar a especialização, aliada a diferenças nas durações dos períodos de florações entre as cotas.