História, memória, experiência e testemunho em Wendy Guerra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rosa, Otávio Botelho
Orientador(a): Martins, Aulus Mandagará
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4072
Resumo: A ficção latino-americana serviu como sustentação dos testimonios dos contextos históricos (SARLO, 2017). No espaço contemporâneo, com a ascensão desconstrucionista, a literatura, através de seus diálogos intertextuais desenvolve uma representação da experiência em situações limites. As narrativas se apropriam de um contra-discurso histórico e o protagonista é um representante dos sujeitos silenciados frente à historiografia (SELIGMANN-SILVA, 2003). Essa dissertação, através dos estudos comparatistas, com ênfase no entrecruzamento entre Literatura e História, procura analisar o processo de revisitação histórica desenvolvido por Wendy Guerra. A fim de reflexionar acerca dos diálogos entre experiência, história e memória, nos deteremos em analisar os romances Todos se vão e Nunca Fui primeira dama. Nessas narrativas podemos visualizar o lado sombrio de Cuba durante o contexto revolucionário e pós-revolucionário, a ficção reafirma uma posição autodiegética da experimentação individual. Wendy Guerra, enquanto representante de uma geração invisibilizada pela história, produz uma narrativa expoente das tênues relações entre literatura e o contexto histórico, o discurso ficcional tece um posicionamento crítico a historiografia e apresenta um novo olhar a cerca do contexto cubano contemporâneo.