Filhos (transexuais) não vêm com manual de instruções: uma autoetnografia da maternidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Correa, Suеlеn Borgеs Loth
Orientador(a): Caetano, Marcio Rodrigo Vale
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14442
Resumo: Este trabalho produzido na Linha de Pesquisa “Saberes Insurgentes e Pedagogias Transgressoras” do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas teve como objetivos (1) interrogar uma perspectiva materna, a fim de provocar reflexões e saberes insurgentes acerca de suas condições socioculturais contemporâneas emergentes provocadas pelo deslocamento com a maternidade de filhos/as transexuais; (2) problematizar as experiências autoetnográficas sobre uma maternidade atravessada por processos de transição de um filho trans e de uma mãe que precisou se reinventar em expectativas frente aos discursos da norma de gênero. Para a construção desta pesquisa, parto das narrativas de minhas inquietações e experiências da maternidade. Como método de desenvolvimento do trabalho, procuro tecer reflexões autoetnográficas atravessadas pelas edições daquilo que sou capaz de interrogar das categorias analíticas “maternidade” e “transexualidade masculina”. Nessa lógica, a autoetnografia tem como enfoque de investigação e escrita o questionamento sistemático de experiências pessoais produzidas em interações coletivas com o fim de compreender a experiência cultural. O trabalho tem como fio condutor as experiências singulares da maternidade, que mesmo sendo descritas em primeira pessoa, são mediadas pelas normas coletivas de gênero que permeiam nossas subjetividades. As questões subjetivas singulares revelam fundamentalmente a insuficiência da categorização sexual e sinalizam que os sistemas de classificação sexo-gênero-maternidade constituem operações de in-exclusão.