Educação, comunicação e extensão: cine sapatão e roda LesBiTrans como estratégias de socialização e transgressão de mulheres lésbicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Sabrina Fernandes Pereira lattes
Orientador(a): Auad, Daniela lattes
Banca de defesa: Souza, Maria Zélia Maia de lattes, Lopes, Érika Savernini lattes, Silva, Zuleide Paiva da lattes, Mendonça, Viviane Melo de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00054
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14497
Resumo: A pesquisa apresentada investigou a contribuição das ações de extensão desenvolvidas num cineclube universitário, o Cine Sapatão e Roda LesBi, posteriormente denominado Roda LesBiTrans, para a promoção dos Direitos à Educação e à Comunicação de mulheres lésbicas e bissexuais. As atividades fizeram parte de um projeto do Grupo de Pesquisas Educação, Comunicação e Feminismos — Flores Raras — da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (FACED-UFJF), e englobaram encontros nos quais foram exibidas e debatidas obras audiovisuais que retratam mulheres lésbicas e bissexuais. No presente estudo, tais sujeitas são compreendidas como população que ainda não tem representatividade e educação asseguradas e, assim, objetivou-se conhecer as relações das atividades de assistir e debater com a busca por direitos. Para viabilizar tal objetivo, foram conduzidas entrevistas compreensivas com cinco participantes das sessões. Os dados obtidos ao dialogar com essas mulheres sobre suas relações com a universidade, com o cinema e acerca de suas experiências com as ações de extensão foram analisados à luz de teorias feministas, de pensadoras lésbicas e a partir de obras de referência da Educação e da Comunicação. Os relatos apontam que as práticas do cineclube contribuíram para a elaboração de estratégias de socialização e transgressão que se voltam para a reivindicação de direitos no ensino superior, no cinema e em demais espaços. Compreende-se que a participação das estudantes foi relevante para a permanência daquelas que já haviam ingressado na instituição, assim como há evidências de que os eventos divulgados, realizados com apoio institucional e abertos ao público contribuem para a visibilidade lésbica, concorrendo para o fortalecimento delas na instituição e constituindo indício, para aquelas que desejam ingressar, de que existe espaço para elas na universidade.