Marcadores inflamatórios e de estresse em ovinos submetidos a diferentes manejos reprodutivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Vitória Gasperin Guazzelli
Orientador(a): Gasperin, Bernardo Garziera
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7896
Resumo: Atender as exigências do mercado é necessário para agregar valor aos produtos de origem animal. Nesse sentido, há uma crescente preocupação com a saúde e bem-estar durante o período produtivo até o abate, fato que leva à busca por alternativas para diminuição do desconforto durante a realização de manejos como a inseminação artificial (IA), castração, descorna, vacinação, entre outros. A ovinocultura é uma atividade que está em ascensão no Brasil, mas que precisa aumentar a qualidade dos produtos em diversos aspectos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar como manejos reprodutivos afetam o bem-estar em ovinos. Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os principais parâmetros de avaliação de inflamação, dor e desconforto em ruminantes e como eles são modulados durante a realização de manejos reprodutivos. Após, para testar um método alternativo para contracepção, 11 cordeiros foram divididos em dois grupos para avaliar a eficácia de uma injeção intratesticular (IIT) de NaCl associada a anestésico e analgésico, em comparação à não realização de procedimento (controle). Não houve efeito significativo do procedimento sobre o hemograma (hematócrito, número de glóbulos vermelhos), níveis de proteína plasmática total, níveis de cortisol e leucograma (número de células brancas, linfócitos, neutrófilos segmentados e relação neutrófilos:linfócitos). Animais do grupo IIT apresentaram níveis superiores de fibrinogênio no D3 após procedimento. Não foram observadas diferenças no ganho de peso. A avaliação clínica revelou que apenas um testículo (de um total de oito) do grupo IIT apresentou degeneração, enquanto que a avaliação histológica mostrou que a técnica gerou apenas pontos isolados de inflamação, alterações de membrana basal e necrose. Conclui-se que diversos parâmetros devem ser utilizados para fornecer respostas mais confiáveis quanto ao desconforto proporcionado por diferentes manejos reprodutivos em ruminantes. A IIT não foi eficiente, embora alterações focais tenham sido observadas na histologia. O método experimental de castração testado no presente estudo não alterou significativamente a maioria dos parâmetros sanguíneos avaliados.