Emissões de metano e óxido nitroso em sistemas de rotação de culturas em um Planossolo do Rio Grande do Sul.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Anderson Dias
Orientador(a): Sousa, Rogério Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5349
Resumo: Esforços globais buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), como o óxido nitroso (N2O) e metano (CH4) do solo, favorecidos pela adição de fertilizantes nitrogenados e inundação do solo, respectivamente. Entre os sistemas de cultivo adotados no Rio Grande do Sul para o arroz irrigado estão o sistema convencional e o plantio direto, às vezes associados à rotação de culturas. Assim, o presente trabalho buscou avaliar as emissões de CH4 e N2O e seus respectivos potenciais de aquecimento global parcial (PAGp) em sistemas de rotação de culturas e preparo do solo em um Planossolo Háplico. Os tratamentos incluíram as combinações dos fatores sistema de cultivo [convencional (SC) e plantio direto (PD)] e rotação de culturas de verão (arrozarroz-arroz-arroz; soja-soja-soja-arroz; sorgo-sorgo-sorgo-arroz e soja-sorgosoja-arroz). O sistema adotado para a coleta de gases de efeito estufa foi do tipo câmara estática fechada. Foram avaliados os fluxos, emissão total, PAGp de N2O e CH4 durante a entressafra 2016 e safra 2016/17, assim como o PAGp em relação a produtividade das culturas. As emissões totais de N2O e CH4 foram baixas na entressafra, não diferindo entre SC e PD, mas foram maiores no tratamento arroz-arroz-arroz-arroz. Na safra, houve maior emissão de N2O no cultivo de arroz irrigado sob SC em relação ao PD; enquanto nos cultivos de sorgo e soja ocorreu o inverso. A emissão de CH4 na safra foi maior no arroz irrigado sob SC em relação ao PD; e não houve diferença estatística entre os sistemas de cultivo para a emissão de CH4 nas culturas de sequeiro. O PAGp foi maior no sistema arroz-arroz-arroz-arroz em ambos sistemas de cultivo durante a entressafra e safra em relação as demais rotações de culturas. Durante a entressafra, o sistema arroz-arroz-arroz-arroz apresentou maior PAGp por kilograma de matéria seca produzida nos dois sistemas de cultivo; ocorrendo o mesmo na safra. Os resultados permitiram as seguintes conclusões: A inserção de cultivos de sequeiro em rotação com o arroz irrigado em Planossolo apresenta potencial mitigador de emissões de CH4 nos períodos de safra e de entressafra, bem como do PAGp. No sistema plantio direto, o cultivo de sorgo promove maiores emissões de N2O, em comparação ao arroz irrigado. No sistema convencional, as emissões de N2O do cultivo de arroz irrigado superam as da soja e do sorgo forrageiro, produzido em sucessão à soja. Na entressafra, as emissões de GEE de sistemas de rotação de culturas são semelhantes nos sistema de preparo convencional e plantio direto. Durante a safra, porém, apenas as emissões do cultivo de arroz irrigado foram menores sob plantio direto, ocorrendo o contrário para os cultivos de sequeiro. O período da safra de primavera/verão responde pela maior parte das emissões de GEE e do PAGp de sistemas de rotação de culturas em Planossolo, correspondendo a 93% e 82% do total anual, para o arroz irrigado e os cultivos de sequeiro, respectivamente.