7-cloro-4-(fenilselanil)quinolina reduz o dano oxidativo induzido pela oxaliplatina em fígado e rim de ratos envelhecidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lemos, Briana Barros
Orientador(a): Wilhelm, Ethel Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10741
Resumo: O Brasil e o mundo estão envelhecendo. A taxa de pessoas com mais de 60 anos tem crescido cada vez mais nos últimos tempos, e o processo de envelhecimento tem sido indicado como fator de risco para diversas doenças, como o câncer. Neste contexto, cabe mencionar que o câncer colorretal é o terceiro em incidência em idosos. Um dos quimioterápicos preconizados para o tratamento de câncer colorretal é a oxalipatina (OXA). Entretanto, diversos estudos revelam os efeitos tóxicos da OXA ao organismo, dentre eles se destaca o dano oxidativo a diversos tecidos e sistemas, como os tecidos hepáticos e renais. Diante disto, moléculas com potencial antioxidante podem representar uma alternativa promissora para o tratamento dos danos causos pela OXA em indivíduos idosos. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o potencial farmacológico de 7-cloro-4-(fenilselanil)quinolina (4-PSQ) frente a toxicidade hepática e renal induzida pela OXA em ratos envelhecidos. Para isso, ratos velhos (20 meses) receberam a administração de OXA (10 mg/kg, via intraperitoneal, i.p) ou veículo nos dias 0 e 2 do protocolo experimental. Além disso os animais foram tratados com o 4-PSQ (1 mg/kg, via intragástrica, i.g.) ou veículo, dos dias 2 a 14 do protocolo experimental. Vinte e quatro horas após o último tratamento, os animais foram submetidos à eutanásia. Amostras de sangue, fígado e rim foram coletadas para determinar marcadores de dano hepático e renal e de estresse oxidativo. Os efeitos do tratamento com o 4-PSQ foram avaliados por meio de alterações na atividade de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), nos níveis de ureia, no plasma dos animais, bem como marcadores de estresse oxidativo no fígado e no rim de ratos velhos (espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), tiol não protéico (NPSH); atividade enzimática de superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR), delta- aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D)), e a atividade renal da enzima Na+,K+-ATPase. O peso dos animais foi verificado no início e no final do protocolo experimental. Os resultados indicam que o envelhecimento acarreta uma maior perda de massa corporal, o que pode ser agravado pela administração de OXA. A OXA causou danos renais e hepáticos em ratos velhos, evidenciados pelo aumento dos níveis de ureia e da atividade das transaminases (AST e ALT) no plasma. Ainda, os parâmetros de estresse oxidativo foram alterados pelo envelhecimento e exacerbados pela administração da OXA. O tratamento com o 4-PSQ reduziu os níveis plasmáticos de ureia e a atividade de AST e ALT, reduzindo o dano hepático e renal induzido por OXA em animais idosos. Além disso, o tratamento com o 4-PSQ reduziu a oxidação de lipídios e restaurou a homeostase das enzimas antioxidantes em ratos idosos perturbadas pela administração de OXA. Em conclusão, os resultados indicam que o 4-PSQ pode ser uma boa estratégia terapêutica para atenuar o dano tecidual induzido pela OXA em idosos.