Discriminação nos Serviços de Saúde em Universitários de uma cidade do Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Deisi Lane Rodrigues
Orientador(a): Facchini, Luiz Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5991
Resumo: Este estudo está aninhado ao consórcio de Mestrado - 2017/2018 do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas. Um questionário auto aplicado e anônimo foi respondido por 1865 alunos, maiores de 18 anos, ingressantes da Universidade Federal de Pelotas no primeiro semestre de 2017 e que estavam cursando o segundo semestre de um dos 80 cursos participantes desta pesquisa. Foram coletados dados com o objetivo de avaliar a discriminação nos serviços de saúde sofrida alguma vez na vida dos estudantes. Os motivos da percepção de discriminação nos serviços de saúde questionados foram: Falta de dinheiro, Classe social, Raça/cor; Tipo de ocupação; Tipo de doença; Preferência Sexual; Religião/ crença; Sexo; Idade, e Outros. A natureza do serviço onde ocorreu a discriminação foram diferenciados entre SUS, particular ou plano de saúde. O profissional vinculado ao desfecho foi categorizado em recepcionista ou administrador; segurança do serviço; técnico de enfermagem, enfermeiro, médico, dentista e outro. A associação com o desfecho foi avaliada segundo a variável sociodemográfica que identificou a classe econômica de acordo com a Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (ABEP). As variáveis demográficas para a associação foram sexo, idade, cor da pele, região de procedência do aluno. E a variável comportamental caracterizou os alunos em fumantes, ex-fumantes e não fumantes. A descrição da prevalência de cada motivo de discriminação percebido foi calculada com intervalo de confiança de 95%. A discriminação total foi calculada por meio do somatório de todos os motivos de discriminação. E as associações foram calculadas por análises bruta e ajustada com regressão de Poisson. Os principais resultados foram uma prevalência total de discriminação nos serviços de saúde ao longo da vida de 22,8%, sendo que os motivos mais relacionados foram a classe social e a falta de dinheiro, 11% (IC95% 9,0;12,0) e 10,1% (IC95%9,0;12,0). O SUS foi o serviço de saúde onde mais ocorreram as discriminações (58%). Os médicos (51,1%) e os recepcionistas (42,4%), foram os profissionais mais vinculados com a discriminação. Pelotas (59,1%) foi referida como o local de maior ocorrência da discriminação. Em síntese, a prevalência observada foi uma das maiores da literatura, o que indica a magnitude do problema da relação profissional-paciente. Neste volume constam: o projeto de pesquisa, o relatório de trabalho de campo, as alterações realizadas no projeto original, a nota para a imprensa e os apêndices e anexos, os quais incluem o protocolo de aceite do Comitê de Ética em Pesquisa, o termo de consentimento livre e esclarecido do estudo, o questionário utilizado na coleta de dados, o manual de instruções e as normas de publicação do Caderno de Saúde Pública, para o qual será submetido o artigo desta dissertação.