Efeitos da supressão do gene tropinona redutase II sobre propriedades do amido e acúmulo de metabólitos secundários em batata silvestre (Solanum commersonii subsp.malmeanum Bitt.).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Leandro da Conceição
Orientador(a): Nora, Leonardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5941
Resumo: A batata (Solanum spp.) é frequentemente utilizada como planta modelo para estudos de metabolismo de carboidratos. Dentre as suas diversas espécies, as silvestres, quando comparadas às cultivadas (Solanum tuberosum), destacam-se pela maior tolerância a estresses bióticos e abióticos, menores conteúdos de açúcares redutores, e maiores conteúdos de sólidos solúveis totais. Assim, as batatas silvestres são frequentemente utilizadas como modelo de estudo e no melhoramento genético de batatas cultivadas. No entanto, é sabido que as espécies silvestres em regra apresentam elevada concentração de compostos tóxicos, tais como glicoalcaloides, poliaminas e alcaloides, sendo impróprias para alimentação. Assim, estratégias para suprimir genes que controlam a síntese desses compostos tóxicos, são de grande interesse, inclusive pelo potencial das mesmas para promover alterações na síntese de outros compostos naturalmente presentes; como o amido, por exemplo. Neste estudo, alterações nas propriedades do amido e no acúmulo de metabólitos secundários são descritas em batata silvestre (Solanum commersonii ssp. malmeanum) geneticamente modificada para supressão do gene tropinona redutase 2. Observou-se alterações no poder de inchamento e solubilidade, nas propriedades térmicas, de pasta e cristalinidade do amido extraído de tubérculos, mas sem alterações na morfologia dos grânulos. Além disso, observou-se aumentos nas concentrações de glicoalcaloides (α-solanina e α-chaconina) e de poliaminas (putrescina, espermidina e espermina). Os extratos de batatas silvestres ricos em calisteginas apresentaram excelente atividade antimicrobiana, sendo capazes de inibir por até 10 horas a fermentação dos açúcares manitol e maltose por Salmonella enteritidis e por até 12 horas a fermentação dos açúcares galactose e maltose por Listeria monocytogenes. Isto evidencia a inibição específica de glucosidases microbianas, supostamente pela ação de calistegianas presentes nos extratos.