Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Antochevis, Eliza Furlong |
Orientador(a): |
Ferreira, Maria Letícia Mazzucchi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14311
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Resumo: |
O tema desta tese foi o patrimônio cultural urbano, e o objeto de pesquisa foi a Rua Riachuelo, situada na cidade do Rio Grande (RS), às margens do Estuário da Laguna dos Patos. Objetivou-se analisar os três tempos dessa paisagem costeira: apogeu, declínio e patrimônio. Foram analisados o sentido tangível, considerando a rua, o cais, e o exterior das edificações; e o intangível, avaliando desde as percepções dos viajante estrangeiros até as memórias daqueles que nela viveram. As técnicas de pesquisa envolveram coleta documental, revisão bibliográfica, entrevistas e levantamento físico-fotográfico. O primeiro capítulo tratou do desenvolvimento e do apogeu da rua, a partir dos anos 1820, apresentando a criação da cidade, a concepção da rua por aterros, a construção do primeiro cais de pedra e do edifício da antiga Alfândega, e a presença e consolidação das casas comerciais que vendiam por atacado. O segundo capítulo mostrou as transformações e o esquecimento para com a rua, entre 1915 e 1986, tratando da estagnação, com a criação do Porto Novo, analisando as descaracterizações visíveis em alguns pontos a partir dos anos 1940, momento do crescimento do transporte rodoviário no estado. Foram apresentados relatos de antigos moradores e trabalhadores da rua, que mostraram as suas memórias com relação ao lugar. Da mesma forma, foram avaliados um tombamento federal e dois restauros, considerados exceções em meio aquele tempo. O terceiro capítulo tratou da memória e do patrimônio, entre 1987 e meados de 2023. Foram apresentadas as vindas de três museus para a rua, e foi relatado o retorno da Festa do Mar, que elegeu a Rua Riachuelo como palco. Foi apresentado o Concurso de Arquitetura para a Revitalização do Porto Velho, suas motivações e resultados. Foram expostas as legislações criadas para a proteção do patrimônio cultural imóvel da rua, assim como alguns importantes restauros e a descoberta do primeiro cais de pedra, que foi tema da Semana do Patrimônio rio-grandina, em 2023. O quarto capítulo analisou visualmente os três tempos, apresentando os desenhos das elevações dos quarteirões. Observou-se que a rua perdeu muitos de seus sobrados e casas térreas, mas ainda apresenta importantes remanescentes que carregam a sua história e as suas memórias. Concluindo, pode-se afirmar que há vontade de memória com relação a algumas porções da rua, mas não do seu todo, e que a divulgação da biografia desse palimpsesto e o incentivo a ações de preservação poderão auxiliar na transformação da rua em um lugar de memória por inteiro. |