Intenção de doar orgãos em uma população adulta.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Barcellos, Franklin Corrêa
Orientador(a): Araújo, Cora Luiza Pavin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3404
Resumo: Objetivo: Através de um estudo de base populacional, identificou-se a prevalência de intenção dos indivíduos em doar seus próprios órgãos e de seus familiares e descreveu-se características associadas e verificou-se seu entendimento sobre morte encefálica. Metodologia: Delineamento transversal, com indivíduos de idade igual ou superior a 20 anos, da zona urbana de Pelotas,RS. O instrumento foi um questionário estruturado, aplicado através de entrevistas individuais. Na análise bivariada, utilizaram-se os testes qui-quadrado e de tendência linear. A análise multivariada foi conduzida seguindo modelo hierarquizado, utilizandose a regressão de Poisson. Foi considerado estatisticamente significante o valor p  0,05 bi-caudal. Resultados: Entre os 3159 participantes, a prevalência de intenção de doar órgãos foi de 52%, sendo que 58% destes haviam expressado sua vontade a um familiar. A maioria dos entrevistados (80,1%) autorizaria a doação de órgãos após a morte de familiar que houvesse manifestado previamente sua vontade de ser doador. Entretanto, apenas 63% autorizaria a doação de órgãos de familiar com morte cerebral. Enquanto o tema não havia sido discutido, somente um terço das pessoas autorizariam a doação dos órgãos de seus familiares. Após ajuste para fatores de confusão, caracterizou-se a maior intenção entre os mais jovens, os de maior escolaridade e indivíduos com renda familiar acima de 10 salários mínimos. Os praticantes da religião Evangélica e Testemunha de Jeová referiram menos intenção. Conclusão: Neste estudo, metade dos indivíduos não autorizaria a doação de órgãos de familiares que não comunicaram sua intenção. O entendimento de morte cerebral, como critério de morte, pode ser uma barreira à doação de órgãos.