Era uma vez uma Rainha: uma análise dialógica de Regina, de Once upon a time

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barissa, Ana Beatriz Maia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257698
Resumo: O trabalho se propõe a analisar a presença do discurso familiar Disney, presente na constituição da personagem da Rainha Má, de Era uma vez (2011), série televisiva distribuída pela Disney – ABC Domestic Television. Também conhecida pelo nome Regina Mills no seriado, pretende-se compreender a configuração dessa imagem icônica dos contos de fadas, apresentada de forma (des)construída da sua elaboração arquetípica vilânica e tradicional das narrativas populares. Agora, a personagem é mostrada de forma ambivalente. A partir dessa contagem dos contos de fadas, esta tese tem pretende observar o movimento vilã-heroína de Regina e mostrar como esse processo ocorre embasado no desejo de vingança (motivação inicial para o andamento da trama e surgido a partir da sua relação com a enteada – Branca de Neve) e no ser-mãe, aspecto comum e tradicional das produções Disney. Por se falar de uma série embasada no conto maravilhoso, é essencial que a configuração materna das/nas mitologias também se faça presente, o que exige da pesquisa um retorno à tradição oral das eras mitológicas. Dessa forma, o trabalho contemplará as concepções de mulher, maternidade e amor materno desenvolvidos no seriado. A pesquisa está fundamentada na filosofia da linguagem proposta pelo Círculo de Bakhtin, cuja concepção nodal é o dialogismo e o método a conduzir nosso trabalho é o dialético-dialógico (Paula; Figueiredo; Paula, 2011). A relevância a justificar este estudo se volta à importância de se analisar o discurso familiar Disney, tão presente em diversas produções contemporâneas (como é o caso de Era uma vez) responsável por perpetuar valorações estratificadas acerca do que se compreende por maternidade e pelo ser-mulher como uma maneira eficaz de inculcação ideológica de naturalização de um mito cultural: o “desejo” de ser mãe como maior desejo da mulher (surgido desde eras mitológicas) e sua principal realização e função sociais.