Protocolos para conservação ex situ de recursos genéticos de Butia (Arecaceae) e Solanum (Solanaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Taniguchi, Marisa
Orientador(a): Dutra, Leonardo Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14794
Resumo: Buscar alternativas que conservem os recursos genéticos nativos e silvestres da biodiversidade brasileira é extremamente necessário, pela manutenção da diversidade vegetal e para garantir o futuro da base alimentar humana. Dessa forma, o presente estudo visa adaptar protocolos de conservação ex situ que podem atender a conservação em longo prazo de espécies do gênero Butia e espécies de batata silvestre. Para espécies de Butia foram realizados o cultivo in vitro, a organogênese e metodologias de criopreservação. Para o gênero Butia obteve-se êxito no cultivo in vitro das três espécies analisadas, utilizando 4,5 µM de 2,4-D (ácido 2,4 diclorofenóxiacético), alcançando 90% de germinação em Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick, 80% para Butia lallemantii (Deble & Marchiori) e Butia exilata Deble & Marchiori. Para organogênese o tratamento com 35,60 µM de silício, promoveu o desenvolvimento de parte área sendo 96% para B. odorata, 88% para B. lallemantii e 75% para B. exilata. Na criopreservação os melhores resultados foram obtidos com a adaptação da droplet vitrificação, com 80% de germinação dos embriões criopreservados de B. odorata, 65 % para B. lallemantii e 75% para B. exilata. O presente trabalho permitiu a criopreservação das três espécies do gênero Butia, podendo assim disponibilizar esse material genético em criobancos, ressaltando que esses resultados são inéditos para as espécies para B. lallemantii e B. exilata. Para as espécies de batata silvestre realizou-se a micropropagação, a produção de unidades encapsuláveis e a germinação de sementes botânicas e a criopreservação, utilizando a metodologia de congelamento rápido, tanto para material vegetal estabelecido in vitro, como para sementes botânicas. Na micropropagação não houve diferenças significativas para a concentração de sais do meio de cultivo e sem necessidade da utilização de reguladores de crescimento, para indução de brotações ou enraizamento, obtendo-se mais de 90% de aclimatização para as plântulas de, S. chacoense, S. malmeanum e S. calvencens. Para a composição da matriz de encapsulamento, o melhor resultado foi com 50% de sais do meio de cultivo em que houve 96% de germinação das cápsulas de S. chacoense. Na criopreservação ocorreram 82% de regeneração de gemas de S. chacoense, 72% para S. malmeanum na metodologia de encapsulamento, saturação e vitrificarão, enquanto para S. calvencens houve 96% de regeneração das gemas no encapsulamento e vitrificação. Para a germinação das sementes botânicas, indica-se o tratamento T2 (imersão em solução contendo 250 µM de GA3), em que 92% de germinação ocorreu em S. malmeanum, 40% para S.commersonii e S. tuberosum 72%. Na criopreservação de sementes botânicas com imersão em PVS2 por 30 minutos, atingiu-se 68% em S. malmeanum, 28% S. commersonii e 65% S. tuberosum de germinação.