Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ávila, Felipe Alves Pereira |
Orientador(a): |
Gill, Lorena Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6925
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Resumo: |
Quando tratamos de temas ligados à Alemanha Nazista, temos que necessariamente dar voz à reverberação dos efeitos de sentido que produziu e ainda produz o Holocausto até a contemporaneidade. Disso resulta o embate entre gestos de análise que, muitas vezes se propõem a ressignificar, negar e falsificar, através de metodologias duvidosas, a existência de determinados fatos históricos, como é o caso da Shoá. O presente estudo parte de uma análise historiográfica tendo como foco a bibliografia, que defende a inexistência do Holocausto, da já extinta editora “Revisão”, que encontra na web um espaço dinâmico para a propagação de seus livros digitalizados e hospedados em sítios e blogs, os quais divulgam o material negacionista. Foram pautados elementos retirados dos livros que apontam para a dúvida com relação às câmaras de gás e, consequentemente, ao Holocausto. O trabalho tem como aporte metodológico a análise documental fundamentada em CELLARD (2012). Para as questões de representação, buscar-se-á em CHARTIER (1990) a reflexão necessária para compreender a representação do negacionismo em sua tentativa de se legitimar enquanto uma escola historiográfica. Para a realização do trabalho foi necessário também mapear e caracterizar o sujeito negacionista, aquele que se utiliza dessa corrente para julgar o que a História comumente tem contato. Nessa perspectiva foi utilizado HALL (2006), como um aporte importante para pensar sobre esse tipo de sujeito caracterizando-o como um sintoma de um paradigma pós-moderno. A corrente negacionista ganha força e adeptos, por estar centrada em um ambiente favorável à fragmentação e à volubilidade. Ela se define em saberes efêmeros, pois tudo nesse contexto é moldável, inclusive normas, regras e concepções. A pós-modernidade é um espaço que permite a formação de “tribos” e “clãs”. Nesse âmbito, emergem pequenas narrativas, que são fragmentos de reconfigurações das grandes narrativas. Tudo isso reverbera na sociedade atual que busca soluções para os problemas em espectros de ideologias fracassadas. Tal fato pode ser notado, contemporaneamente, no ressurgimento de um discurso conservador que ganha força no âmbito político e social em várias regiões do mundo. |