Raiva urbana no Rio Grande do Sul: circulação do vírus da raiva em morcegos não hematófagos no município de Pelotas e perfil da profilaxia antirrábica humana pré-exposição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mota, Roberta Silva Silveira da
Orientador(a): Schuch, Luiz Filipe Damé
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3501
Resumo: As ações do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) levaram a uma importante redução de casos humanos e a um controle do ciclo urbano em cães e gatos, nas diferentes regiões do país, contudo a raiva continua sendo um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo. O Rio Grande do Sul (RS) apresenta status de área controlada para o ciclo urbano há cerca de 20 anos, sem circulação de variantes caninas e sem o registro de casos humanos. Entretanto, verifica-se a manutenção de ciclos silvestres representados por quirópteros, inclusive em áreas urbanas. Este estudo foi organizado em dois sub-projetos. O primeiro teve por objetivo conhecer o comportamento do ciclo aéreo da doença na área urbana do município de Pelotas, RS, utilizando técnicas de diagnóstico padrão ouro, sorológicas e de biologia molecular, e desta forma, caracterizar a infecção pelo vírus da raiva em morcegos. O segundo subprojeto, a partir do entendimento de que um importante pilar da prevenção da doença em humanos consiste na profilaxia pré-exposição dos grupos de risco, buscou descrever o perfil dos atendimentos para profilaxia antirrábica pré-exposição (PArPE) humana realizados pelas Secretarias Municipais de Saúde, conforme metodologia do PNPR do Ministério da Saúde (MS), no Estado, através de um estudo descritivo a partir de dados coletados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN Net) do MS. Foram coletados 238 morcegos e submetidos a diagnóstico rábico padrão e técnicas complementares. Daqueles em que se pode recuperar sangue, foi realizada sorologia. A prevalência de vírus rábico foi de 3,60%, confirmados por IFD, RT-PCR do cérebro e da glândula salivar. A prevalência de anticorpos através do teste rápido de inibição de foco da fluorescência (RFFIT) foi 23,27% enquanto que no microteste simplificado de inibição da fluorescência (SFIMT) foi de 51,5%. Por outro lado, foi demonstrado que há diversas inconsistências no uso da PArPE no RS, com uso de tratamento em muitas situações em que não haveria a indicação e, ao mesmo tempo, mantendo pessoas em situação de risco não protegidas. A implicação destes achados é discutida nos dois artigos.