Fitorremediação de ambiente aquático contaminado por atividades antrópicas em Pelotas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Demarco, Carolina Faccio
Orientador(a): Andreazza, Robson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Centro de Engenharias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4861
Resumo: As atividades antropogênicas são responsáveis pelo distúrbio dos ecossistemas naturais e urbanos, e entre eles, os mais impactados são os ambientes aquáticos. Uma alternativa de recuperação dessas áreas é a fitorremediação, tecnologia que utiliza plantas como principais agentes de descontaminação. As macrófitas aquáticas são plantas que apresentam capacidade de remoção de diferentes compostos, e, desse modo, buscou-se avaliar em diferentes estudos, o potencial de fitorremediação in situ de Hydrocotyle ranunculoides, Enydra anagallis e Sagittaria montevidensis, macrófitas de ocorrência no Arroio Santa Bárbara, Pelotas/RS. Primeiramente, a concentração de nutrientes e metais pesados no Arroio Santa Bárbara foi determinada a partir de digestão em ácido nítrico e perclórico e quantificação em ICP-OES e realizou-se análise de correlação de Pearson, análise fatorial e de componentes principais visando identificar as prováveis fontes dos contaminantes, constituindo assim o estudo inicial (Artigo 1). Foram apontadas as atividades agrícolas, deposição atmosférica de emissões veiculares e lançamento de efluentes domésticos e industriais como as prováveis fontes de contaminantes. Posteriormente, cada espécie de planta (H. ranunculoides, E. anagallis e S. montevidensis) foi analisada de modo individual, constituindo os Artigos 2, 3 e 4, respectivamente. A análise da concentração dos elementos nas raízes e parte aérea das plantas foi realizada por digestão em ácido nítrico e perclórico e quantificação em ICP-OES e foram calculados índices de fitorremediação (fator de bioconcentração, fator de translocação, número de plantas eficazes e potencial de fitorremediação). Os resultados permitiram detectar potencial para remoção de metais pesados e nutrientes pelas três espécies estudadas e, de modo geral, as técnicas mais adequadas a serem aplicadas são a fitoextração e rizofiltração, considerando a habilidade das plantas em acumular os elementos do meio e translocar para a parte aérea; e de filtrar os elementos e manter os maiores teores em suas raízes, respectivamente. H. ranunculoides destacou-se pelo potencial de fitoextrair, entre outros elementos, fósforo e arsênio, e rizofiltrar cobre, cádmio, cromo, níquel, chumbo, e vanádio. Já E. anagallis foi identificada apresentando potencial de fitoextração de cádmio e fósforo e potencial de rizofiltração, entre outros elementos, de cromo, cobre, chumbo e vanádio. S. montevidensis demonstrou habilidade de rizofiltrar, entre outros elementos, vanádio, arsênio, cobre, chumbo e cádmio. Desse modo, destaca-se a importância dessas espécies em remover os contaminantes e a possibilidade de utilização na recuperação de outros corpos hídricos afetados por atividades antrópicas.