Qualidade das narrativas orais e escritas na alfabetização : o efeito das experiências na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lopes, Cristiane de Ávila
Orientador(a): Miranda, Ana Ruth Moresco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5234
Resumo: Este estudo descreve, analisa e compara a qualidade das narrativas orais e escritas de dois grupos de crianças do primeiro e do segundo ano do Ensino Fundamental tomando como critério para análise as quatro categorias discursivas propostas por Tolchinsky (1995), a saber: i) a relação entre o dizer e o dito; ii) a presença e ausência do narrador; iii) as ações das personagens e suas motivações e iv) os acontecimentos e sua interpretação; bem como a extensão e a variedade de vocabulário. O primeiro grupo (G1) é formado por crianças que tiveram contato, na Educação Infantil, com a Pedagogia Montessoriana, e que experienciaram atividades voltadas à linguagem oral e à escrita; e o segundo (G2), por crianças que não vivenciaram tal metodologia e que, de modo geral, não foram expostas a atividades voltadas à prática da linguagem. Os dados de narrativas orais e escritas foram coletados a partir da aplicação de oficinas de produção de narrativas orais e escritas e os dados de vocabulário foram coletados por meio de teste elaborado especificamente para a pesquisa. Primeiramente foi realizada a descrição e análise dos dados de narrativa, (primeira categoria de análise) com base nas características discursivas de Tolchinsky (op. cit) e subsequentemente foram analisados os dados de vocabulário (segunda categoria de análise), cujos resultados dos dois grupos foram comparados estatisticamente. Os resultados obtidos nas duas categorias de análise foram discutidos e correlacionados. Os resultados mostraram que o grupo que vivenciou a metodologia montessoriana na Educação Infantil apresentou melhores resultados em se considerando as categorias analisadas. Foi possível também estabelecer uma correlação positiva entre o desempenho nas categorias discursivas e aquele observado nos testes de vocabulário, tanto no que diz respeito à extensão quanto à variedade. Comparando os resultados de narrativas orais com os resultados de narrativas escritas, observamos que, no que se refere à qualidade da narrativa, as produções de textos orais, tanto no G1 quanto no G2, apresentam mais qualidade. Além disso, nosso estudo revelou que há uma tendência de as qualidades da narrativa serem aprimoradas e intensificadas com o passar da idade e do processo de escolarização das crianças. Os resultados desta investigação apontam para um desempenho melhor no grupo onde o modelo de ensino é o montessoriano, o que pode estar relacionado ao tipo de atividades oferecidas em sala de aula para um e outro grupo, especialmente aquelas voltadas para o trabalho com a linguagem oral e escrita.