Aspergilose em pingüins em cativeiro: diagnóstico, prevenção e controle em Centro de Recuperação de Animais Marinhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Xavier, Melissa Orzechowski
Orientador(a): Meireles, Mario Carlos Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9138
Resumo: A aspergilose é uma doença frequentemente associada com mortalidade de pingüins em cativeiro e geralmente adquirida por inalação dos conídios anemófilos. O trabalho objetivou avaliar a freqüência desta micose em pingüins em um centro de reabilitação de animais marinhos (CRAM), bem como pesquisar a presença de espécies de Aspergillus no local de cativeiro e desenvolver medida de controle microbiológico no ambiente, buscando a prevenção da doença. Para isso, foram realizados exames post-mortem nos animais que vieram a óbito, colheita de fungos do ar por sedimentação com Agar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol, testes “in vitro” para escolha do desinfetante mais adequado para o estudo, e emprego de rotina de desinfecção ambiental. Durante os dois anos de experimento 12 pingüins foram a óbito sendo cinco por aspergilose. Dos 81 dias de colheita de amostras de ar 33,3% foram positivas para Aspergillus spp., com isolamento de sete espécies distintas, totalizando 43 isolados, dos quais a espécie A. fumigatus foi predominante correspondendo a 27,9%. O teste “in vitro” de microdiluição em caldo demonstrou a eficácia da amônia quaternária e da clorexidina frente a diferentes espécies de Aspergillus, e a ação “in loco” da clorexidina reduziu o isolamento de fungos do gênero Aspergillus das instalações internas do CRAM. O experimento demonstrou a importância da aspergilose em pingüins em cativeiro no CRAM determinando uma alta taxa de mortalidade, e a presença de propágulos fúngicos de distintas espécies patogênicas de Aspergillus no ambiente interno de reabilitação. Os resultados obtidos permitiram também concluir que a contaminação ambiental por Aspergillus spp. no CRAM pôde ser parcialmente controlada pelo emprego de uma rotina de desinfecção ambiental com o agente químico de melhor ação "in vitro”.