Respostas bioquímico-fisiológicas e agronômicas em alface e milho em função da aplicação de „água de xisto‟.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Messias, Rafael da Silva
Orientador(a): Rombaldi, César Valmor
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5838
Resumo: Historicamente, os objetivos dos esforços agronômicos tem se focado na produtividade, através do uso de fertilizantes que, devido aos processos de produção, tem se tornado cada vez mais livres de micronutrientes e elementos-traço, limitando a demanda para as plantas, causando o empobrecimento dos solos, e consequentemente, limitando a qualidade das culturas. Assim, a busca por fertilizantes foliares complementares, capazes de biofortificar culturas e lidar com a deficiência de micronutrientes em plantas, tem sido objeto de vários estudos. Neste contexto, a água extraída do folhelho pirobetuminoso (água de xisto), durante o processo de pirólise para obtenção de óleo combustível e outros produtos, representa uma alternativa segura do ponto de vista ambiental. Neste estudo, a água de xisto foi caracterizada físico-químicamente e avaliou-se a segurança e potencial de sua utilização na agricultura, com ou sem enriquecimento com micronutrientes. Os resultados mostraram uma grande variedade de compostos orgânicos, nutrientes minerais e elementos-traço neste subproduto, representando uma matriz complexa que poderia ser de interesse para a nutrição e a indução do metabolismo primário e secundário das plantas. A aplicação foliar de diferentes doses de água de xisto em alface mostrou ausência de contaminantes tóxicos, indicando a sua segurança para uso na produção de alimentos. Além disso, o aumento na produtividade e em determinados nutrientes em alface, assim como a melhoria do crescimento de plantas de milho e o incremento na produtividade e qualidade de grãos, incluindo metabólitos primários e secundários, também foram observados devido à aplicação foliar de água de xisto. O enriquecimento com micronutrientes também mostrou incremento na produtividade, teor de aminoácidos, bem como no acúmulo de alguns minerais em grãos de milho. No entanto, a suplementação com micronutrientes não aumentou o teor de carotenóides, sugerindo que a água de xisto poderia ser utilizada na agricultura, sem necessidade de enriquecimento, o que representa uma alternativa adequada para fornecer nutrientes e biofortificar culturas.