Juventude(s) que ousa(m) lutar: a luta do movimento estudantil secundarista e o processo de consciência política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Clasen, Julia Rocha
Orientador(a): Accorssi, Aline
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9466
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de consciência política de jovens mulheres e estudantes que participaram do movimento de ocupação secundarista na cidade de Pelotas-Rio Grande do Sul, no ano de 2016. Para isso, buscou-se: i) compreender o repertório político construído pelas estudantes nas ocupações secundaristas de 2016; e ii) analisar o engajamento político das estudantes a partir das ocupações. A condução da investigação foi embasada na perspectiva epistemo-metodológica dos Círculos Epistemológicos (ROMÃO et al., 2006) e contou com a colaboração de dois grupos de estudantes que ocuparam duas distintas escolas. As narrativas que emergiram desses encontros foram analisadas por meio das sete dimensões psicossociais presentes no Modelo de Análise da Consciência Política (SANDOVAL, 1989, 1994, 1997, 2001): 1) identidade coletiva; 2) crenças, valores e expectativas sobre a sociedade; 3) interesses coletivos; 4) eficácia política; 5) emoções- sentimentos com respeito aos adversários; 6) vontade de agir coletivamente; 7) metas e repertórios de ação. Os resultados apontam que o movimento de ocupação teve importância no processo de consciência política das estudantes e influenciou o engajamento político das pesquisandas, mesmo em momentos posteriores. Além disso, identificou-se que os círculos epistemológicos possibilitaram a construção de um potente espaço de conscientização, onde conhecimentos foram formados de modo dialógico, a partir de experiências de luta compartilhadas. As ocupações não se encerraram naquele momento, mas deixaram marcas na construção de um repertório de luta coletivo.