Efeito antinociceptivo do 3-(4-clorofenilselenil)-1-metil-1H-indol em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Birmann, Paloma Taborda
Orientador(a): Savegnago, Lucielli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10410
Resumo: A dor e a inflamação são condições que afetam inúmeras pessoas diariamente em todo o mundo. Com isso a busca por novos compostos para o tratamento de dor e inflamação, que apresentem menos efeitos adversos e melhorem a qualidade de vida dos pacientes continua sendo de grande interesse para os grupos de pesquisas. Diversos estudos vêm demostrando as propriedades promissoras dos compostos orgânicos de selênio e dos compostos heterocíclicos contendo o núcleo indol nas atividades antinociceptiva e anti-inflamatórias. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação antinociceptiva e anti-inflamatória do composto 3-(4-clorofenilselenil)-1-metil-1H-indol (CMI), em camundongo Swiss machos. A atividade antinociceptiva do composto foi avaliada nos testes de nocicepção induzido por agentes químicos (formalina e glutamato) e térmicos (placa quente). O potencial anti-inflamatório foi avaliado no edema de pata induzido por formalina e no edema de orelha induzido por óleo de cróton. Além disso, investigou- se o envolvimento dos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico, dopaminérgico, adrenérgico e opioidérgico na ação antinociceptiva do CMI através do teste de nocicepção induzida por glutamato. O teste do campo aberto foi realizado a fim de verificar se o composto não leva a alterações locomotoras nos animais. A administração intragástrica (i.g.) do CMI (0,01-10 mg/Kg) foi capaz de reduzir a nocicepção induzida por glutamato e formalina em ambas as fases, e a dose de 0,1 mg/Kg, foi capaz de aumentar o tempo de latência no teste de placa quente. Além disso, o CMI foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por formalina (0,01 mg/Kg) e o edema de orelha induzido por óleo de cróton (0,1 mg/Kg). O pré tratamento dos camundongos com os antagonistas SCH23390 (antagonista do receptor D1, 0,05 mg/Kg, intraperitoneal [i.p.]), WAY100635 (antagonista do receptor 5-HT1A, 0,7 mg/Kg, i.p.), ondansetron (antagonista do receptor 5-HT3, 0,5mg/Kg, i.p.), ketanserina (antagonista dos receptores 5-HT2A/2C, 0,3 mg/Kg, i.p.), naloxona (antagonista não seletivo dos receptores opióides 1 mg/Kg, i.p.), cafeína (antagonista não seletivo dos receptores adrenérgicos, 3 mg/Kg, i.p.) e prazosin (antagonista do receptor α1, 0,15 mg/Kg, i.p.) bloquearam a ação antinociceptiva do CMI (0,01 mg/Kg). Desta maneira estes resultados demonstram o envolvimento do sistema dopaminérgico, noradrenérgico, seritoninérgico, adrenérgico e opioidérgico na atividade antinociceptiva do CMI. As atividades locomotoras não foram alteradas no teste do campo aberto após o tratamento com o CMI. A partir dos resultados obtidos, pode-se sugerir que o CMI possui ação antinociceptiva e anti-inflamatória, desta maneira sendo uma molécula promissora no desenvolvimento de futuras estratégias terapêuticas para a dor e a inflamação.