Uso do líquido pirolenhoso na preservação da madeira de Pinus elliottii.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Laroque, Fabiana Fernandes
Orientador(a): Beltrame, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Centro de Engenharias
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9190
Resumo: Resultante da carbonização da madeira, o líquido pirolenhoso (LP) é considerado um subproduto orgânico que muitas vezes é descartado. Por outro lado, com frequência, são realizadas pesquisas mediante aplicação de produtos orgânicos alternativos na conservação da madeira. O propósito é substituir o uso de soluções inorgânicas comumente empregadas com essa finalidade, as quais podem impactar o meio ambiente. Nesse contexto, o presente estudo visa avaliar a eficácia do líquido pirolenhoso como preservante no tratamento da madeira de Pinus elliottii exposta à ação dos organismos xilófagos (cupins do gênero Nasutitermes e o fungo Trametes versicolor causador da podridão branca). Para os testes foram empregados dois métodos de impregnação (autoclavagem e imersão). O ensaio de preferência alimentar com os cupins apresentou perda de massa média para amostras controle de 26,07%, já para as amostras autoclavadas a perda foi de 14,09%,e, para as amostras imersas foi de 10,47%. Nos testes com os fungos, a norma utilizada neste trabalho, BS EN 113:1997, determina como adequado o preservante que apresenta resultados inferiores a 3% na perda de massa. No entanto, os resultados para a perda de massa no ensaio com os fungos foram, 26,07% para as amostras controle, 14,09% para as amostras autoclavadas e 10,47% para as amostras tratadas por imersão, superando assim o estabelecido pela norma. Entre tanto, os resultados para perda de massa permitiram concluir que, em relação ao ataque dos agentes xilófagos houve redução significativa na perda massa. Isso ficou mais evidente em se tratando do ataque dos cupins. O LP, de maneira geral, em seu estado bruto, inibiu parcialmente a ação dos agentes xilófagos. Os Testes de resistência mecânica, por meio de ensaios de Dureza Janka para os cupins e os fungos, demonstraram que ambos os métodos de tratamento não conferiram resistência a compressão para a madeira de Pinus elliottii. O teste fungitóxico realizado demonstrou que o LP inibiu o crescimento micelial do fungo empregado. O LP testado nos ensaios em laboratório apresentou compostos químicos diversos, como foi constatado pela análise cromatográfica, permitindo a identificação de compostos químicos, sendo os majoritários, a Hidrazina, 2-Carboxamidopyrazine 4-N-oxide, 2(1H)-Pyridinethione, 1-ethyl-6-methyl, que são empregadas para as mais diversas finalidades, assim como a presença de acetaldeído, Óxido de etileno,dentre outros. Diante disto, o LP é um produto promissor que pode ser usado com outras substâncias que potencializam seu efeito como preservantes da madeira.