Prescrição de antibióticos durante o tratamento de canais radiculares: questionário envolvendo endodontistas brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bolfoni, Marcos Rodolfo
Orientador(a): Jacinto, Rogério de Castilho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3526
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar os hábitos de prescrição de antibióticos relatados por endodontistas brasileiros em situações clínicas específicas. Um questionário on-line foi enviado para endodontistas brasileiros via e-mail e redes sociais. Um total de 633 questionários foi respondido. Os dados foram analisados de forma descritiva. A maioria dos endodontistas relatou prescrever antibióticos por 7 dias (67,3%). Amoxicilina 500mg foi considerado o antibiótico de primeira escolha por 79% dos respondentes. Amoxicilina + clavulanato de potássio 500 + 125mg foi selecionada por 31% como segunda opção. Para pacientes com alergia a penicilina, 30,53% prescrevem clindamicina e 27,78% prescrevem azitromicina (250mg e 500mg). Metade dos sujeitos da pesquisa não utilizam dose de ataque e 36% utilizam com o dobro da concentração normal, uma hora antes do procedimento. Para Abscesso apical agudo (AAA) com edema intra e extraoral difuso, febre e trismo, 90,36% prescrevem antibióticos. 87,99% prescrevem antibióticos para casos de AAA sem edema extraoral. 60,66% prescrevem antibióticos para casos de AAA com edema intraoral e dor. Nos casos de necrose pulpar, periodontite apical crônica, e fístula, antibióticos são prescritos por 20,54%. Para necrose pulpar, AAA com edema e dor, 53,08% prescrevem antibióticos. Em caso de cirurgia parendodôntica, 45,02% dos respondentes prescrevem antibióticos. Conclusão: Embora parte dos endodontistas tenha relatado uma conduta consciente no uso de antibiótico, pode ser observada a prescrição em situações onde o antibiótico não seria indicado e o tempo de administração, em geral, foi além do necessário. Assim, destaca-se a necessidade da conscientização dos profissionais, pois a prescrição excessiva e incorreta de antibióticos em endodontia pode contribuir para o problema mundial do aumento da resistência microbiana.