A construção da figura do "baiano" na cidade de Rio Grande/RS a partir da instalação do Polo Naval.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marchioro, Pedro Francisco
Orientador(a): Niz, Pedro Alcides Robertt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5297
Resumo: O objetivo desta dissertação é investigar os processos de construção da figura do “baiano” na região de Rio Grande-RS. Com a instalação do Polo Naval, um número expressivo de trabalhadores migrantes apareceram na cidade devido aos postos de trabalho que o Polo ofereceu. Do encontro entre riograndinos com esses trabalhadores emergiu a figura do "baiano". Reconstruindo o processo em que esta figura se erigiu, percebia-se que o “baiano” poderia ser tanto alguém nascido no estado da Bahia, quanto em Pernambuco, no Rio de Janeiro, São Paulo ou Minas Gerais, de modo que a designação não obedecia a um recorte geográfico, racial ou de classe. A figura do “baiano” é resultado de operações de síntese dos "estrangeiros" que advieram a Rio Grande que busca posicionar o “outro” e manter a posição do nativo. Assim, a configuração onde atua o signo “baiano” está apoiada em uma lógica que sugere 1) um incômodo subjetivo do nativo frente a certos traços comportamentais do "estrangeiro" que rompem com as expectativas normativas presentes em cada contexto, 2) um sentimento de ameaça frente a culturas que instabilizam a distribuição de recursos matérias e simbólicos que já existiam ou que advieram com a instalação do Polo Naval, 3) a uma diferença no grau de apropriação e incorporação dos significados que regulam as regras e infrações dos espaços de comportamentos, e 4) a um quadro de desequilíbrio na organização e coesão dos grupos que participam e atualizam os sentidos estes espaços.