Método minimamente invasivo para castração de machos bovinos: impactos sobre a dor e inflamação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Leonardo Garcia
Orientador(a): Lucia Junior, Thomaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3604
Resumo: A técnica de castração em bovinos é realizada com o objetivo de suprimir os níveis de testosterona, desta forma, impedindo a reprodução, eliminando o comportamento agressivo e a sodomia consequentemente melhorando o acabamento e a deposição de gordura na carcaça destes animais. Nos últimos anos, tem-se observado a crescente preocupação com o bem-estar e métodos de produção adequados por parte do mercado consumidor. O objetivo deste trabalho foi determinar o grau de desconforto provocado pelas técnicas de castração cirúrgica ou injeção intratesticular sobre os parâmetros de dor e inflamação, em machos bovinos. No experimento 1, foram utilizados 27 terneiros, com idade até 20 dias, peso vivo médio de 36kg, subdivididos nos seguintes grupos experimentais: controle (não castrados); submetidos à castração cirúrgica (CC);e submetidos à castração química por injeção intratesticular de cloreto de sódio 20% (IIT). Foram realizadas coletas de sangue em momentos distintos após o procedimento (0, 24, 48, 72 e 96 h) para a determinação dos níveis da proteína de fase aguda negativa Paraoxonase (PON1). A temperatura no canto do olho foi avaliada por termografia, nos mesmos períodos. A temperatura escrotal foi analisada 30 s antes do procedimento (D0), no momento do procedimento (D1) e em três períodos após o procedimento:aos 60 s (D2);às 24 horas (D3) e às 48horas (D4), também por termografia. No experimento 2, os níveis séricos de cortisol foram comparados entre os mesmos métodos, entre os grupos controle, CC, IIT em 24 terneiros, com idade entre 4 -15 dias. As amostras de sangue foram coletadas no momento da realização de cada procedimento e 30 e 60 min depois. No experimento 1, a temperatura de canto de olho (38 – 39ºC, em média) não diferiu entre os métodos (P<0,05). A temperatura escrotal no grupo CC permaneceu superior no D1 em relação aos demais grupos (P<0,05), mas no D4, os grupos CC e IIT apresentaram temperatura superior em relação ao controle (P<0.05). Não houve diferença na concentração de PON1 entre os grupos (P<0,05). No experimento 2, os níveis de cortisol não diferiram entre os grupos(P<0,05), mas ocorreu uma interação entre o momento da coleta e o método (P<0,05), pois no controle houve manutenção dos níveis de cortisol, enquanto os níveis aumentaram no CC após 30 min, mantendo-se até os 60 minutos, mas no IIT,o maior nível de cortisol ocorreu após 30 min, declinando no decorrer do tempo. Nenhum dos métodos procedimentos induziu reação inflamatória relevante que alterasse os marcadores sistêmicos de dor e inflamação.