Pesquisa de anticorpos anti-Leptospira em cães e gatos na cidade de Pelotas/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dell’Osbel, Francieli
Orientador(a): Silva, Éverton Fagonde da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14471
Resumo: A leptospirose é endêmica nos principais centros urbanos do Brasil, afetando diversos mamíferos, inclusive humanos. Embora soroprevalências significativas tenham sido observadas em populações de gatos em todo o mundo, relatos clínicos e inquéritos sorológicos da leptospirose são relativamente raros no Brasil. Por outro lado, os caninos são considerados como importantes fontes de infecção para humanos, mesmo existindo vacinas comerciais para essa espécie. O diagnóstico sorológico da leptospirose é realizado através do teste de soroaglutinação microscópica (MAT), considerado teste padrão ouro e apropriado para estudos epidemiológicos. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a soroprevalência de anticorpos anti-Leptospira em gatos e cães domiciliados em Pelotas, sul do Brasil. Amostras de sangue de 101 gatos e de 240 caninos foram utilizadas para a detecção de anticorpos anti-leptospiras. Informações sobre os animais, incluindo sexo, idade, raça e área de residência foram coletadas, indicando que todos os animais eram domiciliados. No estudo envolvendo gatos, a soroprevalência global foi de 13,8%. A frequência de animais sororeagentes por sexo foi de 64,3% para machos e 35,7% para fêmeas, porém sem diferença estatística entre os sexos (p > 0,05). Os sorogrupos mais prevalentes foram o Icterohaemorrhagiae, seguido por Canicola. Das 240 amostras de soro dos caninos, informações sobre os animais como o sexo, 151 fêmeas e 89 machos, idade, raça e bairro também foram disponibilizadas. Do total de soros, 56 testaram reagentes no MAT. Entre os sorovares mais prevalentes, Canicola com 51,7%, seguido por Grippotyphosa com 46,4%. Em relação ao sexo, dos 56 soros reagentes, 37 eram fêmeas e 19 eram machos. Dado o seu status de zoonose, considerando a relevante soroprevalência relatada neste estudo e devido a crescente preocupação da leptospirose urbana como uma doença negligenciada no contexto do One Health, conclui-se que estudos sorológicos e epidemiológicos devem ser desenhados para examinar populações de cães e gatos em bairros de Pelotas com problemas históricos de inundação e altas populações de roedores, a fim de determinar o real potencial desses animais em atuar como reservatórios da enfermidade no município.