As disciplinas de geometria do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPel: uma análise de exercícios didáticos de 1972 a 2015.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nunes, Cristiane dos Santos
Orientador(a): Silva, Adriane Borda Almeida da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5239
Resumo: O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas teve início no ano de 1972 e desde então foram implementados 21 currículos. As disciplinas de geometria, sob uma abordagem gráfica, ao longo deste período, foram sendo reformuladas. Com o intuito de compreender as mudanças ocorridas nestas disciplinas, no período de 1972 a 2015, este trabalho analisou propostas de exercícios didáticos, relativas a cada currículo, de maneira a identificar e comparar as estruturas de saber envolvidas: quais os problemas tratados, se aplicados de maneira explícita ou não à arquitetura; quais as técnicas apresentadas, quais as tecnologias mencionadas e as teorias estudadas. Desta maneira, utilizou-se a noção estruturada do saber, advinda do campo da Didática Fundamental, sistematizada por Yves Chevallard. Os resultados mostram que as mudanças mais significativas ocorreram com as reformas curriculares de 1975 e 2011. A primeira quando suprimiu conteúdos e cargas horárias de geometria e a segunda por ter resgatado alguns conteúdos e carga horária, mas especialmente por demonstrar, por meio dos exercícios, um direcionamento explícito ao contexto específico de formação em arquitetura. Junto ao currículo de 2011 os exercícios ficam caracterizados principalmente pela problematização em torno das geometrias implícitas em obras de arquitetura. Para investigar e representar estas geometrias foram incrementadas/resgatadas técnicas, tecnologias e teorias. Fica evidenciado o estabelecimento de um processo contínuo de investimento na apropriação de variadas tecnologias digitais de representação e visualização para a configuração de técnicas de resolução dos problemas propostos. A teoria, que antes parecia estar focada essencialmente nas técnicas projetivas, pelas facilidades da automatização das mesmas por meios digitais, passa a abarcar o estudo da forma geométrica propriamente dita como estruturadora das formas arquitetônicas.