Perfil de ácidos graxos de espécies de de pescado de água-doce nativas da Região Sul do Rio Grande do Sul e Uruguai.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Torres, Lisiane Mendes
Orientador(a): Zambiazi, Rui Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5837
Resumo: O pescado tem sido reconhecido pelo alto valor nutricional de seus lipídios, em especial os ácidos graxos, os quais desempenham efeito protetor frente ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e artrite reumatóide. Em virtude disso, algumas espécies têm sido investigadas como possíveis fontes de ácidos graxos polinsaturados omega-3 (PUFA's n-3). Pescados marinhos são reconhecidas fontes desses ácidos graxos, contudo, inexistem informações a respeito de espécies de água-doce. No Rio Grande do Sul o baixo consumo de pescado tem sido associado à falta de informações sobre as espécies, como a composição e perfil de ácidos graxos, conservação e estabilidade das propriedades nutracêuticas. Espécies de água-doce como a Traíra (Hoplias malabaricus), o Jundiá (Rhandia quelem) e o Pintadinho (sem classificação taxonômica) podem ser encontradas na região Sul do Rio Grande do Sul e também no Uruguai. Neste estudo, objetivou-se determinar o perfil de ácidos graxos de Traíra, Jundiá e Pintadinho, além de avaliar a estabilidade de postas e filés de Traíras e Jundiás sob congelamento. Logo após a captura, os pescados foram limpos, eviscerados, transformados em postas e filés, estocados sob congelamento (-18°C / 8meses) e submetidos a análises de composição proximal, perfil de ácidos graxos, pH, acidez, ácido tiobarbitúrico e índice de peróxidos. Postas e filés de Traíra, assim como, filés de Jundiá tendem a reduzir seus índices de acidez após quatro meses de armazenamento, contudo, postas de Jundiá apresentam redução já no segundo mês. Relacionando-se índices de peróxidos e T.B.A.R.S, observa-se que no segundo mês as amostras estão no auge do processo oxidativo, com exceção da Posta de Jundiá. Cortes de Traíras são fontes de PUFA's. Filés e postas de Traíra são excelentes fontes de MUFA's.