Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Márcia Andreola Beber |
Orientador(a): |
Azevedo, Marina Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4600
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Resumo: |
A mãe exerce grande influência no comportamento e no cuidado de seus filhos principalmente nos primeiros anos de vida. Dessa forma, qualquer problema que ela apresente pode afetar nos cuidados e no relacionamento com seus filhos. Existem estudos mostrando que os problemas mentais maternos podem influenciar na saúde e no desenvolvimento dos filhos, porém poucos estudos avaliam esta associação com a saúde bucal (SB) dos mesmos. Este estudo teve dois objetivos: 1) fazer uma revisão sistemática sobre transtornos mentais maternos (TMM) e sua relação com os desfechos relacionados à saúde bucal dos filhos de 0 a 12 anos; 2) verificar a associação entre transtornos mentais comuns (TMC) maternos e cárie dentária em crianças de 2 a 5 anos. Para a revisão sistemática foi feita uma pesquisa nas principais bases de dados e foram incluídos cinco estudos de coorte, um estudo transversal e um casocontrole cujas mães tinham sido diagnosticadas ou apresentavam algum sintoma de doença mental. Os desfechos bucais incluídos foram cárie dentária, placa e gengivite, maloclusão e bruxismo. A qualidade dos estudos foi avaliada através da ferramenta Newcastle Otawa Scale e os dados foram compilados em uma tabela descritiva. Do total de 1183 referencias identificadas, 7 foram incluídas.Em relação aos TMM os estudos investigaram: TMC (n=2), transtorno depressivo maior (TDM) (n=2), sintomas de depressão (SD)(n=3), diagnóstico relacionado ao álcool (n = 1), sintomas de ansiedade (n = 2) e estresse (n = 2). Como desfecho, estudos investigaram cárie dentária (n = 5), gengivite e doenças periodontais (n = 1), bruxismo (B) (n = 1) e má oclusão (n = 1). SD não foram associados com SB. O estresse apresentou associação inversa com a cárie dentária em dois estudos. Uma associação positiva foi encontrada entre MDD e SB (B e cárie dentária). Não houve TMM associado à má oclusão. Ansiedade e diagnóstico relacionado ao álcool apresentaram resultados divergentes. Devido à heterogeneidade dos dados não foi possível realizar a meta-análise. Para o estudo transversal foram utilizados dados secundários obtidos a partir de um levantamento epidemiológico realizado em agosto de 2015, no dia “D” da Campanha Nacional de Multivacinação nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana da cidade de Pelotas. Para o rastreamento dos TMC foi utilizada a ferramenta Self-Report Questionnaire (SRQ-20) e para o desfecho foi utilizado dados do exame clínico realizado na criança para cárie dentária, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. O modelo de regressão utilizado foi o de Regressão de Poisson com variância robusta, com intervalo de confiança de 95%. Após ajuste das variáveis de confusão observou-se que quanto maior a probabilidade da mãe apresentar TMC maior o risco da criança apresentar carie dental (Risco Relativo 1,06, IC95% 1,00-1,12). É possível sugerir que fatores psicológicos da mãe podem influenciar na saúde bucal da criança. Mais estudos longitudinais são necessários. |