Discursos pró-direita nos anos 1960 no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Siqueira, Anna Cláudia Campos e Santos
Orientador(a): Mendonça, Daniel de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9784
Resumo: Em meio a uma grave crise política, econômica e social, a década de 1960 no Brasil representou um marco na história brasileira. Neste sentido, este estudo busca evidenciar tal marco a partir da perspectiva dos movimentos civis pró-direita que adquiriram enorme espaço no cenário, levando à tomada do poder pelos militares no início de 1964 e, consequentemente, aos 21 anos de regime militar. Assim sendo, o objetivo principal foi identificar como se deram as construções discursivas pró-direita entre os anos de 1960-1967 no Brasil. A partir de uma escolha teórico-metodológica alicerçada em bases pós-estruturalista e pós-fundacionalista, utilizou-se a teoria do discurso de Laclau e Mouffe como elemento central para a construção dos capítulos de análise, por meio das categorias como elementos, momentos, articulação, ponto nodal, significante vazio, antagonismo, campo de discursividade, hegemonia, lógica da equivalência e condições de emergência. A análise qualitativa se deu com a coleta de documentos nos acervos digitais do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e do Accessus – Base de dados do acervo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Como resultado final, a tese aqui desenvolvida é a de que a construção discursiva estabelecida pela pró-direita se deu baseada em dois grandes significantes, sendo eles identificados pelas noções de democracia e desenvolvimento, a partir de um grande corte antagônico: o comunismo. Neste sentido, a constituição discursiva pró-direita que se tornou hegemônica durante os anos aqui analisados, esteve alicerçada em um discurso que buscou pautar a construção de uma sociedade baseada em características de uma política da Verdade, do Homem, do Direito Natural, da Igualdade, da Amizade Cívica, do Bem Comum, da Justiça Social e do Sistema Representativo.