Farelo de arroz na nutrição de aves e suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gopinger, Edenilse
Orientador(a): Xavier, Eduardo Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8829
Resumo: O presente estudo foi realizado para avaliar o efeito de ácidos orgânicos na estabilização do farelo de arroz integral (FAI) armazenado por diferentes períodos e seu uso na alimentação de codornas efrangos de corte. Também foi avaliado o farelo de arroz estabilizado e parcialmente desengordurado (FEPDA) na dieta de suínos. Foram conduzidos seis ensaios. O FAI foi tratado com a mistura de ácido acético e propiônico e armazenado por 120 dias. Não foram verificadas alterações significativas na composição proximal durante o tempo de armazenamento e em função do uso de ácidos orgânicos. Os ácidos proporcionaram os maiores valores de energia bruta, os menores incrementos de acidez lipídica e as menores formações de produtos primários (K232) e secundários de oxidação lipídica (K270) ao final dos 120 dias de armazenamento. Após este período, o FAI foi incluído em 20% nas dietas das aves. Foram utilizadas 150 codornas japonesas, com 90 dias de idade, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado em fatorial 5x2, com cinco tempos de armazenamento (inicial, 30, 60, 90 e 120 dias), com ou sem o tratamento de ácidos orgânicos. Houve efeito significativo da interação (P<0,05) entre o tempo de armazenamento e os ácidos orgânicos sobre a gravidade específica dos ovos. Foi observado um aumento (P=0,01) no consumo de ração até os 71 dias de armazenamento do FAI, reduzindo posteriormente. Uma resposta quadrática crescente (P=0,03) foi verificada na massa de ovos até 71 dias de armazenamento do FAI, diminuindo posteriormente. Para avaliação do FAI na alimentação de frangos de corte, foram utilizados 320 machos, Cobb, de 1 a 21 dias de idade, com a inclusão de 12% de FAI armazenado por 0, 30, 60, 90 e 120 dias. Não houve efeito significativo do tempo de armazenamento sobre o desempenho dos frangos. Observou-se um aumento linear na digestibilidade da proteína bruta em função do aumento do tempo de armazenamento. Foi observado um aumento no coeficiente de digestibilidade da energia metabolizável aparente até os 43 dias de armazenamento do FAI, diminuindo posteriormente. Houve uma resposta quadrática decrescente na altura das vilosidades, diminuindo até os 72 dias de armazenamento, aumentando posteriormente. Na relação vilosidade:cripta observou-se um efeito quadrático decrescente, que diminuiu até 50 dias de armazenamento e aumentou posteriormente. O tempo de armazenamento do FAInão afetou a resistência óssea, flexibilidade e rigidez das tíbias.Foram também avaliados os coeficientes de digestibilidade do FEPDA em suínos de 15 e 50 kg, e sua palatabilidade em dietas de leitões na fase de creche. Foram utilizados 36 leitões com 15 kg e 24 com 50 kg, alojados em gaiolas metabólicas por 12 dias, sendo sete de adaptação e cinco de coletas. Foram avaliados os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta, energia digestível (ED), energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável aparente corrigida para nitrogênio. Os resultados demostraram que o FEPDA apresentou ED de 2994 e 3063 kcal/kg e EMA de 3353 e 3247 kcal/kg para suinos de 15 e 50kg, respectivamente. Outro estudo utilizou 36 leitões desmamados aos 21 dias de idade, sendo testado 0, 16 e 32% de FEPDA nas dietas, disponibilizadas em todas as unidades experimentais. Somente na fase inicial houve consumo maior da dieta com 32% de FEPDA. Na fase final não houve diferença. Em conclusão, a adição de 2% da mistura de ácido acético e propiônico no FAI armazenado durante 120 dias auxiliou na preservação da qualidade. Este farelo pode ser utilizado em 20% na dieta de codornas. O mesmo farelo pode ser armazenado por até 50 dias e incluído em 12% na dieta de frangos de corte. O FEPDA pode ser classificado como novo ingrediente, podendo ser incluído em 32% na dieta de leitões na fase de creche.