Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Spinelli, Victor Mouzinho |
Orientador(a): |
Bianchi, Valmor João |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3132
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Resumo: |
Apesar do Rio Grande do Sul se destacar em área cultivada e produção de pêssegos [Prunus persica (L.) Bastch], a sua produtividade média é a mais baixa, comparada a dos outros estados produtores. Dentre os fatores associados a essa baixa produtividade, destaca-se a falta de identificação e seleção de genótipos específicos para uso como porta-enxertos. Sendo assim, os objetivos deste trabalho foram caracterizar o potencial germinativo e vigor de sementes de porta-enxertos de pessegueiro sob diferentes métodos de estratificação, analisar a correlação entre as principais características morfométricas de frutos e sementes, avaliar o efeito de doses de nitrogênio sobre o crescimento e desenvolvimento de seedlings produzidos em sacolas de plástico e identificar por meio da análise de caracteres de crescimento, genótipos contrastantes para o vigor em cinco populações de porta-enxertos de Prunus persica cultivadas no campo. Para atender aos objetivos foram realizados diversos experimentos, cujos resultados estão apresentados em quatro capítulos. No capítulo I, foram realizados três experimentos independentes. No primeiro e segundo experimento avaliou-se o efeito da estratificação das sementes com e sem endocarpo, respectivamente. Por sua vez, no terceiro, a análise do crescimento inicial dos seedlings. Verificou-se que a estratificação de sementes com endocarpo, em areia e vermiculita, por 60 dias, não influenciou no percentual de germinação das sementes, onde a porcentagem de germinação (G%) variou de 35-40% em areia para ‘Aldrighi’ e ‘Capdeboscq’, e foi de 19,5% para Okinawa. Para os demais genótipos a G% foi inferior a 5%, independente do substrato. Quando a estratificação foi realizada sem o endocarpo, a germinação foi uniforme e variou de 93% a 100%, registrando-se uma correlação significativa entre a massa das sementes e o índice de velocidade de germinação (IVG). No terceiro experimento, os seedlings de ‘Aldrighi’ e ‘Capdeboscq’ alcançaram mais rapidamente o ponto de transplantio e o maior índice de qualidade de Dickson (IQD), evidenciando-se uma associação direta dos índices NBI, SPAD e ICHL com o desenvolvimento de seedlings mais vigorosos. No capítulo II, verificou-se que frutas e sementes com maiores valores de medidas biométricas apresentam correlação positiva e forte com potencial germinativo e vigor das sementes, conforme verificado para as cultivares Aldrighi, Capdeboscq e Tsukuba 1, evidenciando que o IVG e o TMG possuem forte relação com a massa fresca das sementes, sendo características de grande interesse para selecionar genótipos com potencial para uso como porta-enxertos de Prunus persica. No capítulo III, verificou-se que os diferentes níveis de adubação com Ca(NO3)2 influenciaram no crescimento dos porta-enxertos cultivados em embalagem e que a maior dose de Ca(NO3)2, proporcionou a melhor qualidade dos seedlings, o qual foi expresso nos maiores IQD, para os três genótipos avaliados, destacando-se os seedlings da seleção ‘NR 0080412’, que também se mostraram ser mais vigorosos em relação aos demais genótipos avaliados. Por fim, no capítulo IV foram realizados dois experimentos. No primeiro experimento, verificou-se que as sementes das seleções de porta-enxertos ‘NR 0280401’, ‘NR 0080412’ e da cv. ‘Capdeboscq’ requerem menor tempo para a germinação e apresentam maior percentual de sementes germinadas. Genótipos com maturação de frutos mais precoces, devem ser armazenadas por período mais curto, devido a perda de viabilidade das sementes, conforme verificado para ‘Okinawa Roxo’. Em relação ao desempenho das populações a campo e com base nas variáveis de crescimento e suas correlações, foi possível discriminar indivíduos mais contrastantes (outliers) quanto ao vigor em quatro das cinco populações avaliadas. Considerando-se as variáveis altura de planta e diâmetro do caule, verificou-se diferenças quanto ao vigor e homogeneidade no crescimento vegetativo entre as populações de porta-enxertos avaliados nas condição de campo. As populações de seedlings derivados das cultivares ‘Capdeboscq’, ‘Tsukuba 3’ e ‘Tsukuba 1’ apresentaram homogeneidade de crescimento suficientes para serem utilizados na produção de porta-enxertos, via sementes. |